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H. Artes, Letras e Lingüística - 3. Literatura - 6. Literatura

JOÃO COTA, O CONTADOR DE HISTÓRIAS

Maria Virgínia Xavier 1
Arandi Robson Martins Câmara 1, 2
Dilma Cléa Barbosa Gomes da Silva 1
Maria Alda Medeiros da Costa 1
Maria das Graças Sebastião  1
Maria Francinete de Oliveira 1, 2, 3
(1. Universidade Potiguar - UnP; 2. Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN; 3. Orientadora: Profª Dra. )
INTRODUÇÃO:

A memória nos permite compreender a verdadeira imagem do passado no dizer de Walter Benjamin, desta forma, percebemos que em plena era da tecnologia globalizada, em que um país interfere no outro, não só economicamente, como também, social e culturalmente, notamos no âmbito cultural, que os meios de comunicação de massa acenam, preferencialmente, para o modismo e a imitação, deixando de enfatizar a criatividade. Em meio a esse contexto, a cultura popular dilui-se na cultura de massa. Sabendo da importância da cultura popular para a sociedade e querendo contribuir para a preservação e divulgação desta, o Grupo de Pesquisa sobre Cultura Popular (GPCP) tem realizado estudos teóricos sobre o assunto e pesquisas de campo no Rio Grande do Norte. Para o presente trabalho, o GPCP destacou uma dentre as várias manifestações artísticas do povo, para que se possa observá-la, discutir a sua importância e relacioná-la com a cultura de massa. A contação de história tem sua origem nas narrativas orais da Idade Média. Aborda temas cotidianos e narrações históricas, servindo, também, como instrumento de denúncia social. Este trabalho tem o objetivo de legitimar o papel do contador de histórias, João Cota, como uma atividade de transmissão de memória capaz de ocupar um lugar relevante na transmissão escrita literária de leitura em sala de aula, tornando possível o diálogo entre o que o aluno estuda como normativo e codificado com o não normativo e o não codificado.

METODOLOGIA:
A reconstituição das histórias contada por João Cota, fundamentadas nas suas vivências e na tradição, com propostas de aplicação em sala de aula para desenvolver atividade de leitura e produção de textos. Aplicando a performance de Zumthor e Graciela Ravetti na reconstrução desse contador de história, haja vista, que o corpo em performance pretende atuar como mobilizador de margens, de territórios, de saberes engavetados, procurando resgatar as forças que resistem as infinitas formas de encarcerar a liberdade, a resistência e a voz.
RESULTADOS:

Fizeram-se considerações em torno da literatura popular que comprovam sua relevância, mesmo em um mundo equipado com aparelhos de alta tecnologia, influenciadores no modo de se fazer e de se pensar cultura, pois a contação de história possibilita que os excluídos, por motivos econômicos, políticos e sociais, tenham voz.

CONCLUSÕES:

Portanto, comprova-se a importância do tema pesquisado pela carência de investigações mais precisas sobre a literatura popular e, especificamente, a contação de histórias no âmbito das universidades, e também, por se tratar de uma produção com teor literário tão elevado quanto à literatura reconhecidamente erudita. Trata-se de um posicionamento em favor da valorização da cultura popular e daqueles que se expressam através dela.

Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Contação de história; Cultura Popular; Performance .
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006