A literatura serve para muitas coisas: informar, divertir, curar ou, ao menos, para minimizar o sofrimento das pessoas. Pois, segundo Ana Maria Machado, a literatura permite sonhar, enfrentar medos, vencer angústias, desenvolver a imaginação, viver outras vidas, conhecer outras civilizações. Assim sendo, tomaremos como base o livro Guriatã: um cordel para menino, de Marcus Accioly. Livro feito para o público infantil, mas que vem encontrando, também, uma receptividade do público adulto, reativando o imaginário do leitor, quanto às manifestações culturais presentes na sua infância, como brincadeiras, histórias, lendas, cantigas de roda, dentre outras manifestações, através do maravilhoso mundo da Literatura de Cordel.

O livro Guriatã: um cordel para menino, de Marcus Acciolly, representa um painel das nossas tradições populares, englobando um pouco de contação de história, de cantigas, parlendas dentre outras. O livro Guriatã pode ser trabalhado em sala de aula, levando-se em conta os temas abordados, numa relação com a Literatura de Cordel. Esse livro se encaixa no que Nelly Novaes Coelho chama de linha do maravilhoso, ou ainda, maravilhoso popular ou folclórico: contos, lendas e mitos. Sendo assim, considera-se importante que a escola insira o texto literário nas atividades de leitura, privilegiando a formação de leitores.

Foi constatado o interesse dos alunos pelo gênero cordel, através de Guriatã: um cordel para menino, de Marcus Acciolly. Trata-se de um livro com temas relacionados à realidade da criança. Em sala de aula da E. M. Mons. José Alves Landim, escola da rede pública municipal, escolhida através de sorteio aleatório, foram realizadas leituras do livro Guriatã, com apresentações musicais e representações, além da produção de texto.

Sendo a literatura capaz de suscitar, de forma prazerosa, na criança, o imaginário e o faz de conta, abre caminho para se trabalhar diversos valores. Portanto, para se atingir esse caminho, utilizou-se o livro Guriatã, como obra que representa a infância vivida com liberdade. A infância é sem dúvida a melhor etapa da vida de qualquer pessoa, principalmente quando o imaginário da criança é ativado, e tanto as histórias contadas de boca em boca, como o livro tem essa função. Cabe também, ao professor estimular a criança e o adolescente a perceber a literatura infanto-juvenil, como espaço de conversas e descobertas entre a vida interior e exterior, despertar e manter o gosto pela leitura, através do contato e manuseio do livro, criando assim, o prazer pela leitura e ao mesmo tempo, motivando o aparecimento de novos leitores.