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F. Ciências Sociais Aplicadas - 7. Demografia - 1. Componentes da Dinâmica Demográfica

MORRER NA PARAÍBA: EVOLUÇÃO E DESIGUALDADES REGIONAIS.

Telmo Cristiano G. da Silva  1
Neir Antunes Paes  1
Adriano Rodrigues Silva  1
Carlos S. A. Santos  1
Joseilme F. Gouveia 1
Taís Alexandre A. Paes 1
(1. Departamento de Estatística da Universidade Federal da Paraíba )
INTRODUÇÃO:

As distintas regiões do Brasil têm historicamente apresentado diferentes níveis de desenvolvimento e processos de mudanças, os quais estão atrelados aos processos dinâmicos da população que são fundamentalmente determinados pela natalidade e mortaliadade. Esta diferenciação é também reproduzida no Estado da Paraíba quando se observam os espaços regionais. Embora importante, para os estudos de diagnósticos da saúde das populações, a mortalidade não tem sido muito explorada na Paraíba em seu contexto regional. Este estudo, traça um panorama da evolução dos níveis e tendências da mortalidade e seus diferenciais por causas de morte das mesorregiões da Paraíba durante o período 1980-2000.

METODOLOGIA:

Os dados populacionais foram extraídos dos Censos Demográficos e os registros de óbitos das Estatísticas do Registro Civil do IBGE e do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde – SIM. As causas de morte foram classificadas através da 9ª. e 10ª revisão da CID. Procedeu-se a uma avaliação sobre a qualidade dos dados. Estabelecidas as devidas restrições,  foram obtidos vários indicadores para o Estado e suas quatro mesorregiões (Mata, Borborema, Agreste e Sertão): proporção de óbitos, taxa bruta e específica de mortalidade padronizada, índice regional de mortalidade e índice de perfil de mortalidade classificados por causas de morte e sexo para 1980, 1991, 1996 e 2000.

RESULTADOS:

Na mortalidade geral, uma sobremortalidade masculina foi observada para praticamente todos os grupos de causas analisados. As causas externas de morte foram predominantes para os homens seguidas das cardiovasculares. Para as mulheres, foram estas últimas seguidas das neoplasias as mais importantes. Para os adultos, houve um aumento elevadissimo das causas externas na última década para os homens em todo o Estado. As doenças crônicas degenerativas apesar de superarem as causas externas para as mulheres, revelaram um perfil diferenciado para a zona da Mata, com um avanço destas últimas relativo às primeiras.

CONCLUSÕES:

Os indicadores produzidos mostraram marcados contrastes regionais, apontando um processo de transição epidemiológica mais avançado para as mesorregiões da Mata e Borborema. Os resultados sugerem uma tendência de diminuição dos níveis da mortalidade para todo o Estado no período, embora sejam mais elevados para as mesorregiões do Agreste e do Sertão considerados menos desenvolvidas do Estado em seus aspectos socioeconômicos.

Instituição de fomento: PIBIC/UFPB
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Mortalidade; Mortalidade regional; Estatísticas Vitais.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006