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D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia

IDENTIFICAÇÃO DAS POSSÍVEIS INTERAÇÕES ENTRE OS ANALGÉSICOS NÃO-OPIÓIDES E OS FÁRMACOS USADOS CONCOMITANTEMENTE

Fernanda de Alencar Falcão 1
Mônica Oliveira da Silva Simões 1
Lindomar de Farias Belém 1
(1. Departamento de Farmácia,Universidade Estadual da Paraíba/UEPB)
INTRODUÇÃO:

Um dos fatores capazes de alterar a resposta a fármacos consiste na administração concomitante de outros fármacos. Há reações adversas sérias ou letais causadas por interações entre fármacos. Estima-se que ocorram interações farmacológicas em 3 a 5% dos pacientes que recebem poucos fármacos; esse índice aumenta para 20% quando são usados de 10 a 20 fármacos. Isso adquire significado especial em pacientes hospitalizados, que dificilmente estão em monoterapia. Este estudo teve como objetivo identificar possíveis interações entre os Analgésicos Não-Opiódes e os fármacos usados concomitantemente em pacientes hospitalizados assistidos em um hospital público.

METODOLOGIA:

A amostra pesquisada foi constituída por 29 pacientes que estiveram internados nas Alas D (ala de atendimento a clientes de convênios e particulares) e Maternidade, no período de Agosto de 2005 a Janeiro de 2006. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionário especificamente elaborado para o estudo; os pacientes que participaram da pesquisa assinaram um termo de consentimento, conforme recomendam as diretrizes regulamentadoras emanadas da Resolução 196/96 do Ministério da Saúde.

RESULTADOS:

Dos 29 pacientes, 86,21% foram do gênero feminino. Com relação à faixa etária, a de maior índice situou-se entre 18 a 30 anos. A metoclopramida foi o medicamento mais consumido juntamente com os analgésicos, correspondendo a 26,97%. A concomitância mais detectada foi da dipirona sódica com a metoclopramida, observada em 22,54% dos pacientes. A análise das prescrições também permitiu identificar a interação entre o analgésico (dipirona sódica) e um antiinflamatório não esteroidal (diclofenaco sódico), apresentando possíveis reações adversas como o vômito e a febre que está de acordo com os relatos de Silva (2002). No entanto, também foi observada a amargura na boca, sendo esta não relatada na literatura.

CONCLUSÕES:

Desta forma, a farmacovigilância vem contribuindo para o uso racional de fármacos, proporcionando a melhoria da saúde pública.

Instituição de fomento: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica-PIBIC / UEPB
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Farmacovigilância; Analgésicos Não-Opióides ; interações medicamentosas.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006