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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 3. Saúde de Populações Especiais
FORÇA DE RESISTÊNCIA DINÂMICA VERSUS FORÇA DE CONTRAÇÃO ESTÁTICA DE MEMBROS SUPERIORES EM PESSOAS IDOSAS
Jair Sindra Virtuoso Júnior  1
Sheilla Tribess 1
Lucas Matos de Sousa  1
Flávia Nogueira e Ferreira  1
(1. Núcleo de Estudos em Atividade Física & Saúde / UESB)
INTRODUÇÃO:

O envelhecimento é determinado por um conjunto de alterações biológicas, psicológicas e sociais que ocorrem gradativamente no individuo influenciado por fatores deletérios, que interferem negativamente na capacidade das pessoas mais velhas em realizarem sua tarefas do dia-a-dia. As alterações nos componentes da aptidão física e funcional estão relacionados a prevenção de doenças e com o melhor desempenho nas atividade da vida diária. Dentre os componentes da aptidão física, a força e a resistência muscular, são essenciais na preservação da autonomia funcional. Há necessidade de elaboração de testes simples e seguros que possam ser utilizados em idosos para avaliação de tais componentes físicos. Dentre os testes mais utilizados para a medida da força muscular de membros superiores o teste preensão manual de destaca. No entanto, tal teste envolve mecanismos estáticos de contração muscular que difere dos mecanismos dinâmicos de contração muscular. Apesar da medida de preensão manual ser considerada um indicador geral de força são poucos os estudos encontrados que tem como objetivo definir padrões de normalidade para aferição da força de preensão manual na população, sendo necessária a realização de estudos que possam verificar a relação com outros tipos de contração muscular a exemplo da força dinâmica e estática. Neste sentido o propósito deste estudo foi verificar a relação da força de preensão manual com a resistência dinâmica de força de membros superiores.

METODOLOGIA:

Este estudo descritivo de corte transversal caracteriza-se sendo do tipo correlacional. A amostra selecionada por conveniência foi constituída por 224 mulheres com média de idade de 71,2 anos (DP=7,51). Para coleta de dados foi utilizado o teste de preensão manual por meio do instrumento Grip dinamômetro (KgF) e o teste de resistência de força e endurance de membros superiores (30 segundos). Para o teste de resistência de força e endurance de membros superiores foi utilizado um halter pesando 2 Kg. As participantes sentaram-se em uma cadeira sem braços, apoiando as costas no encosto da cadeira, com o tronco ereto, olhando diretamente para frente e com a planta dos pés completamente apoiadas no solo. O braço dominante devia permanecer relaxado enquanto a mão não dominante apoiava-se sobre a coxa. Em seguida o avaliado realizava o maior número de repetições (flexões do cotovelo) no tempo de 30 segundos. Para mensuração da preensão manual, os indivíduos foram posicionados de pé com o braço aduzido paralelo ao tronco, cotovelo estendido e antebraço e punho em posição neutra fazendo uma contração da mão dominante no dinamômetro. Para a tabulação e análise dos dados foram utilizados softwares Epidata versão 3.1 e o SPSS 10.0 respectivamente. Foram utilizados procedimentos da estatística descritiva e o teste de correlação de Pearson (p<0,05).

RESULTADOS:

A média da força de preensão manual das avaliadas foi de 17,2 KgF (DP=5,7) e a de resistência de força de aproximadamente 18,9 repetições (DP=5,2). Os resultados da força de preensão manual foram correlacionados de forma positiva com a resistência de força r=0,347 ; p=0,00.

Estes resultados sugerem que medidas estáticas de preensão manual podem atuar como preditoras da força de resistência dinâmica em pessoas mais velhas. Tais resultados reforçam a teoria que a medida de preensão manual pode ser considerada um bom indicador geral de força.

CONCLUSÕES:

Tais resultados indicam que o teste de preensão manual poderá ser utilizado como preditor da força dinâmica de resistência de membros superiores. Sugerem-se estudos longitudinais que possam descrever a inter-relação de outras variáveis intervenientes no comportamento da força de contratação estática.

Instituição de fomento: Fapesb / CNPq / Capes
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: aptidão física; capacidade funcional; envelhecimento.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006