C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 6. Morfologia e Taxonomia Vegetal |
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ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE Tocoyena formosa (JENIPAPO-BRAVO) |
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Camila Firmino de Azevedo 1 |
Benedito Marinho da Costa Neto 1 |
Ivan Coelho Dantas 1 |
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(1. Universidade Estadual da Paraíba/UEPB) |
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INTRODUÇÃO: |
Existem milhares de espécies de plantas medicinais conhecidas atualmente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostra que cerca de 80% da população mundial já fez uso de algum tipo de erva para combater diversas enfermidades. Tocoyena formosa, pertencente à família Rubiaceae, é conhecida popularmente como jenipapo-bravo, sendo nativa da América Tropical e bastante utilizada no nordeste brasileiro. Essa planta é muito usada, pela população em geral, no tratamento de inflamações ósseas e musculares, entorses, inchações e pancadas, e também como calmante cardíaco. Da casca do caule é preparado um cataplasma, que é aplicado diretamente sobre a área lesionada, deixando o local enegrecido e acelerando o processo de reparo. Mesmo sendo uma espécie com grande potencial antiinflamatório, poucas pesquisas foram realizadas com a mesma. Salienta-se que a pesquisa com plantas medicinais, origina medicamentos em menor tempo, com custos muitas vezes inferior e, conseqüentemente, mais acessíveis à população. O objetivo da presente pesquisa foi realizar um estudo morfológico e farmacobotânico da Tocoyena formosa, e a partir de então, identificar o táxon a que pertence o vegetal. |
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METODOLOGIA: |
Foram utilizados vegetais coletados na Escola Agrícola Assis Chateaubriand, localizada na cidade de Lagoa Seca - PB. As análises morfológicas do vegetal foram realizadas com material in vivo e as partes vegetativas, caule em crescimento secundário, folhas adultas e flores, foram selecionadas aleatoriamente para análise das características a olho nu e em esteriomicroscópio. A identificação do táxon foi realizada após tais estudos, tendo como base a literatura especializada. |
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RESULTADOS: |
A Tocoyena formosa é um arbusto, com aproximadamente 2,5m de altura. Seu tronco é esverdeado, lenhoso e um pouco ovalado, apresentando ramificação simpodial. Observaram-se folhas coriáceas, simples e opostas, com estípulas interpeciolares. O limbo possui: forma elíptica, cor verde, nervuras peninervas, bordos um pouco ondeados e pêlos em abundância. São encontradas, em cada inflorescência, 15 flores dispostas de modo terminal. A flor é séssil, diclamídea, isostêmules, com corola tubular, metaclamídea e actinomorfa. O androceu é epipétalo, com antera rimosa, e 5 estames. O seu pólen é do tipo pulverulento. O gineceu é sincarpo, ínfero-ovariado, com 2 lóculos, 2 carpelos e placenta axial. São encontrados também, um estilete terminal e dois estigmas discóides. |
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CONCLUSÕES: |
No jenipapo-bravo, são encontrados vários aspectos típicos da família Rubiaceae, como folhas simples, opostas e com estípulas interpeciolares; sendo este último, um importante caráter para a identificação taxonômica. A flor apresenta características próprias do grupo, sendo de grande valor na delimitação do táxon. O vegetal, que por muitas vezes confundido com outras espécies do mesmo gênero, possui vários aspectos importantes para sua distinção e classificação. Desse modo, conclui-se que a identificação das características farmacobotânicas é de grande valia para a diferenciação das espécies utilizadas para fins terapêuticos. |
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Palavras-chave: Jenipapo-bravo; farmacobotânica; morfologia. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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