G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. Filosofia |
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DONALD DAVIDSON: SUBJETIVO, INTERSUBJETIVO, OBJETIVO |
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Mariluze Ferreira de Andrade e Silva 1 |
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(1. Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ/MG) |
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INTRODUÇÃO: |
Os filósofos de orientação lógico-cientifica têm se dedicado ao estudo da subjetividade, intersubjetividade e objetividade usando abordagens diversas. John Searle na sua obra “Intencionalidade”, aborda o tema subjetividade mostrando uma conciliação entre o subjetivo e o objetivo, através da teoria da Intencionalidade, visando explicar os fenômenos intencionais, de modo geral. Segundo Searle, os fenômenos mentais possuem uma base biológica: eles são, ao mesmo tempo, causados pelas operações do cérebro e realizados na estrutura do cérebro. Desse ponto de vista, a Consciência e a Intencionalidade são partes da biologia humana. Para Searle, é um fato objetivo sobre o mundo ele conter sistemas -- cérebros com estados mentais subjetivos -- e é um fato físico desses sistemas que eles possuam características mentais. A solução correta para o “problema mente-corpo” não está em negar a realidade dos fenômenos mentais, mas em adequar sua natureza biológica. Um terceiro elemento, entretanto, tem sido colocado, por alguns filósofos, como ponto de intercomunicação entre a subjetividade e a objetividade. Trata-se da intersubjetividade, tema colocado por Donald Davidson, na sua obra “Subjetivo, Intersubjetivo, objetivo”. Na parte 3, onde ele fala sobre o conhecimento objetivo, encontramos o tema “Três variedades de conhecimento”, objeto de investigação dessa pesquisa dada a sua relevância para o entendimento do aspecto epistemológico da Filosofia da mente. (DAVIDSON, D. “Subjetivo, Intersubjetivo, Objetivo”. Madrid: Cátedra,1991). |
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METODOLOGIA: |
A investigação de Donald Davidson caminha pela abordagem epistemológica. A questão epistêmica que se coloca é se podemos por em ordem as nossas crenças sem conhecimento da nossa mente e da mente dos outros. Ele busca as características distintas desses três tipos de conhecimento para saber se é possível conhecer os conteúdos da mente sem apelar para evidências ou investigações e saber se o conhecimento do mundo externo depende do funcionamento dos órgãos sensoriais. |
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RESULTADOS: |
Os resultados obtidos dessa investigação mostraram que as três variedades de conhecimento dizem respeito a aspectos da mesma realidade, colocando a diferença somente no modo de acesso a essa realidade. Para Davidson, os três tipos de conhecimento são irredutíveis uns aos outros. A verdade sobre o que uma pessoa acredita é independente da verdade das suas crenças sobre o mundo externo. |
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CONCLUSÕES: |
Conclui-se, desses resultados, que os três tipos de conhecimento são indispensáveis. As nossas crenças dependem do conhecimento das nossas mentes. A crença é uma condição do conhecimento, mas para crer não é suficiente estabelecer uma diferença entre aspectos do mundo. Ter uma crença exige fazer a diferença entre crença verdadeira e crença falsa, entre aparência e realidade, entre parecer e ser. Quem tem uma crença capta o conceito objetivo de verdade que é a comunicação intersubjetiva, uma vez que o pensamento depende da comunicação. |
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Palavras-chave: Filosofia; Filosofia da Mente; Donald Davidson. |
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Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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