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A. Ciências Exatas e da Terra - 2. Ciência da Computação - 11. Segurança

COMÉRCIO ELETRÔNICO: UMA VISÃO DOS ACADÊMICOS DA UNINORTE DE RIO BRANCO-AC QUANTO A UTILIZAÇÃO E FORMAS DE SEGURANÇA DESTE SERVIÇO.

Andrenizia Aquino Eluan 1
Luiz Augusto Matos da Silva 1
Andreia Cristiane Stanger 2
Tereza Otsubo Sanchez 3
Marcelo Douglas Silva dos Santos 3
(1. Especialização em Redes de Computadores, União Educacional do Norte / UNINORTE; 2. Coordenação de Sistemas de Informação, União Educacional do Norte / UNINORTE; 3. Coordenação de Redes de Computadores, União Educacional do Norte / UNINORTE)
INTRODUÇÃO:

Com a expansão do acesso à Internet e os serviços que a mesma disponibiliza, a sociedade passou a usufruir novas formas para realizar suas compras, através do uso do comércio eletrônico, o qual estreita distâncias entre comerciantes e clientes, além de proporcionar comodidade na aquisição de produtos. Para alguns Estados do Brasil que estão afastados dos grandes centros comerciais, como o Acre, essa nova forma de comércio possibilita o desenvolvimento tecnológico e sócio-cultural da população. Favorecendo também, o crescimento profissional, diante da compra de livros técnicos em áreas específicas, como os relacionados à informática, dos quais o Estado possui um déficit. O serviço de comércio eletrônico traz várias vantagens, porém manter os sistemas de computadores livres das ameaças provenientes de hackers, spams e vírus está cada vez mais complexo, não é apenas uma questão técnica, um mundo digital seguro, depende também de uma regulamentação mais rígida, educação e conscientização dos usuários. Analisando estas questões, o referido projeto de pesquisa teve por objetivo diagnosticar qual a freqüência de utilização do comércio eletrônico, o nível de importância dada a este serviço e quais as formas de seguranças aplicadas para prevenir-se das ameaças virtuais.

METODOLOGIA:

Esta pesquisa, de natureza aplicada à utilização e segurança no comércio eletrônico tem caráter exploratório e quantitativo, onde o seu conteúdo base foi obtido através de questionários aplicados aos acadêmicos dos dois primeiros períodos dos cursos de Tecnologia em Redes de Computadores e Sistemas de Informação da UNINORTE – União Educacional do Norte, localizada no município de Rio Branco, Acre. Os questionários foram aplicados a 132 alunos, o que corresponde a 60% dos 218 no total. As questões foram elaboradas sobre análise criteriosa, visando coletar dados concretos que servissem de base para atribuições estatísticas.  A distribuição das questões se deu em dois blocos com um total de 20 questões, onde algumas tiveram cunho geral para que fosse possível identificar o local e a finalidade do acesso a Internet. E nas questões referentes à utilização e segurança nas compras virtuais, buscou-se analisar a freqüência de utilização deste serviço, se os acadêmicos temem em fornecer seus dados via Internet, quais os cuidados para o acesso a estes tipos de websites e se utilizam às ferramentas de seguranças como: anti-vírus, anti-spam e firewall, bem como o  nível de atualização das mesmas. O roteiro foi estabelecido de forma a se constituir o grau de conhecimento dos acadêmicos em relação ao serviço de comércio eletrônico, a importância de sua utilização para o desenvolvimento profissional e conscientização das formas de seguranças no processo de compras via Internet.

RESULTADOS:

Os resultados obtidos diante de uma análise criteriosa, apontam que 45% acessam a Internet de casa, 32% do trabalho, 6% da faculdade e 17% não possuem acesso, e 30% dos usuários utilizam a Internet para compras virtuais, sendo que 10% destes usam para aquisição de livros técnicos na área de informática, e um percentual de 70% para pesquisas acadêmicas e lazer. Constatou-se que grande parte dos entrevistados tem consciência das ameaças do mundo virtual, pois 85% utilizam anti-vírus, 48% anti-spam, 36% firewall, onde 86% fazem constantemente as atualizações, e 7% desconhece qualquer uma destas. Observa-se também que a freqüência de utilização deste serviço é de 40%, onde 89% temem em fornecer seus dados via Internet por já terem sido vítimas ou conhecer alguém que sofreu fraude eletrônica. Uma problemática constatada é que 50% dos acadêmicos temem utilizar o comércio eletrônico por não conhecerem os cuidados para reconhecer o grau de segurança de um website como: certificar-se que o website faz uso de conexão segura, comprar apenas em empresas consideradas confiáveis, não acessar por links em páginas de terceiros e nem por e-mails, não comprar de websites que disponibilizam produtos com preços abaixo da tabela de mercado sem antes verificar a procedência do mesmo, e dentre outras. Apenas 5% dos entrevistados conheciam alguns destes cuidados.

CONCLUSÕES:

Hoje, vive-se na era da informatização, onde o comércio eletrônico é um relacionamento comercial mantido remotamente por via digital que facilita a comunicação entre empresas e clientes, porém como todo serviço disponível na Internet, não está imune às ameaças virtuais, pois nos últimos anos a natureza dos vírus e a motivação de seus criadores, têm mudado, aumentando as fraudes eletrônicas e tornando-se um problema crescente, o que afeta diretamente no uso do comércio eletrônico. E conforme resultados obtidos percebe-se que a freqüência de utilização deste serviço e comprometida em virtude da falta de conhecimento, por parte dos entrevistados, com alguns cuidados de segurança. Mas é importante ressaltar, que as ferramentas como anti-vírus, anti-spam e ferewall são conhecidas, há apenas uma necessidade de esclarecimento sobre as vantagens e métodos mais seguros de acesso aos websites de comércio eletrônico. Sabe-se que no mundo digital nada é 100% confiável e quanto maior a flexibilidade, mais vulnerável pode se tornar um sistema computacional. Desta forma, observa-se que os acadêmicos da área de informática, devem está atentos às vulnerabilidades e não deixarem de se atualizar em relação às formas de segurança digital.

 
Palavras-chave: Comércio Eletrônico; Ameaças Virtuais; Segurança.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006