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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
CARACTERÍSTICAS DINAMOMÉTRICAS DA MARCHA DE CRIANÇAS NORMAIS DENTRO DA ÁGUA
Letícia Calado Carneiro 1
Rita de Cássia Paula Souza  1
Betina Zimmermann Fontes  1
Alessandro Haupenthal  1
Gustavo Ricardo Schütz  1
Hélio Roesler  1
(1. Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC)
INTRODUÇÃO:

A variável

A compreensão das características da marcha nas crianças depende da complexa interação entre crescimento e desenvolvimento. A média da idade do desenvolvimento do andar independente é relatada aos dezoito meses de idade, com uma variação de 2 a 3 meses, não havendo diferença quanto ao sexo (DAVID, 2001). Para entendimento da marcha é necessário que se descreva como esse movimento ocorre do ponto de vista biomecânico, sob diferentes condições ambientais e em diferentes populações, sejam crianças, adultos ou idosos. Para o processo de comparação entre indivíduos são necessárias estimativas da variabilidade do andar normal, entre faixas etárias. O propósito desse estudo será analisar a marcha de crianças no meio aquático, verificando a força de reação do solo (FRS) e a variável tempo do passo (TP).

METODOLOGIA:

Para

Para o desenvolvimento desse trabalho foram realizadas duas coletas de dados com crianças de ambos os sexos com idade entre 5 a 10 anos, totalizando 18 crianças. As coletas de dados foram realizadas em dois dias, na piscina do Colégio Catarinense. As crianças caminharam com a água na altura do osso esterno sobre uma passarela de 5.0 metros de comprimento, que continha duas plataformas de força desenvolvidas por Roesler (1997), para aquisição de dados dinamométricos. Foram realizadas 3 passagens válidas por cada criança totalizando 54 curvas de força. A velocidade da marcha foi auto-elegida, sendo a mais confortável para cada criança. Para a análise de dados foi utilizada a estatística descritiva por meio de média, desvio padrão e coeficiente de variação.

RESULTADOS:

Os dados dinamométricos obtidos foram referentes à força vertical de reação do solo: 1º Pico de Força (PPF) e 2º Pico de Força (SPF). O valor médio para o PPF foi de 0,37±0,13 peso corporal (PC) com coeficiente de variação (CV) de 34,32%. Para o SPF a média foi de 0,33±0,10PC com CV de 29,35%. A variável tempo do passo (TP) teve como média 1,53±0,53s e CV 35,06%.

CONCLUSÕES:

Na água os picos de força diminuíram e o tempo do passo aumentou tendo como causa provável respectivamente, a força de empuxo e a resistência que o meio aquático apresenta. Foi possível observar também que os valores do PPF e SPF foram próximos, o que mostra uma tendência á homogeneidade no desenvolvimento da marcha em ambiente aquático por crianças normais. Isso ocorreu devido à mesma força realizada pelos membros inferiores durante a fase de contato inicial e propulsão, evidenciando que as crianças realizaram aproximadamente a mesma força para apoiar e retirar o pé do solo. Através dessa análise será possível formar um banco de dados para posterior comparação da marcha de crianças normais no ambiente terrestre e aquático e definir qual meio é mais seguro e eficaz para o treino da marcha.

Instituição de fomento: PROBIC-UDESC
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Crianças; Marcha Subaquática; Dinamometria.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006