O trabalho apresentado a seguir foi constituído com o intuito de conhecer e identificar as dificuldades que as gestantes encontram para exercitar as atividades sexuais nos diferentes períodos da gestação O desejo de expressão sexual durante a gravidez geralmente varia de uma mulher para outra. De maneira geral, ocorre uma discreta diminuição da atividade sexual no primeiro trimestre devido as mudanças pelas quais as mulheres passam, em especial as fisiológicas, que causam grande desconforto.

Pesquisa quantitativa de corte transversal, feita através de questionário aplicado a gestantes de um Grupo de Pastoral da Igreja Católica  São José Operário. Foram abordados os seguintes itens: aceitação das mudanças físicas, compreensão por parte do companheiro, diminuição do desejo. Além das entrevistas  também foram realizadas pesquisas bibliográficas para complementar a análise dos resultados e discussões apresentados a seguir.

A avaliação da entrevista mostrou que 90% das mulheres tiveram algum tipo de receio em manter a relação sexual durante a gravidez tendo em vista alguns  sentimentos relatados como: medo, ansiedade, primeira gestação, desconforto com o aumento de peso,  100% relataram a diminuição do desejo e da atividade sexual, uma vez que estavam mais preocupadas com o desenvolvimento do feto.  Durante o segundo trimestre de gravidez em 80% dos casos intensificou-se o desejo sexual. Nestes casos as gestantes relataram uma boa adaptação gestacional tornando possível manter as atividades sexuais. 5% das mulheres negaram-se a manter relação sexual durante toda a gestação, alegando ser prejudicial para o feto.

Foi possível perceber através desse trabalho que as gestantes em sua maioria apresentam uma certa dificuldade em manter as relações sexuais com o parceiro por vários motivos; porém as orientações foram bem recebidas no que diz respeito ao encorajamento e esclarecimento da importância da intimidade sexual do casal na gestação.