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E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 6. Recursos Florestais e Engenharia Florestal

CARACTERIZAÇÃO DE AGLOMERADO COM FIBRAS DE COCO DE BABAÇU E RESINAS SINTÉTICAS

Rafael Gonçalves de Oliveira 1
Divino Eterno Teixeira 2
(1. Estudante do Curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília; 2. Orientador. Pesquisador da Área de Produtos do LPF/IBAMA)
INTRODUÇÃO:
As chapas de aglomerado são fabricadas com partículas de madeira ou outros materiais lignocelulósicos, aglutinados por meio de uma resina e, em seguida, prensados. Durante o processo de produção, são adicionados diversos produtos químicos para evitar o mofo, a umidade, o ataque de insetos e aumentar a resistência ao fogo. O babaçu é um desses materiais lignocelulósicos; alternativo para a fabricação do painel. O objetivo do trabalho é avaliar a viabilidade técnica do uso de fibras do coco de babaçu como matéria-prima para a produção de chapas de aglomerado e determinar as propriedades do aglomerado de fibra de babaçu.
METODOLOGIA:
A palha de coco de babaçu foi triturada e selecionada em finos e grossos, usando um classificador de peneiras nas granulometrias desejadas. A palha foi seca a 5% de teor de umidade e a resina usada na confecção dos painéis foi fenol-formaldeído. Foram confeccionados chapas com 5 e 10% do adesivo. A palha de coco de babaçu foi colocada em um misturador para a aplicação da resina. A mistura foi distribuída num molde e o colchão formado foi prensado a quente por 10 minutos. Após retirada da prensa, a chapa foi levada para a sala de climatização, com temperatura e umidade relativa do ar controladas, para equalização do teor de umidade de equilíbrio. Foram produzidas três amostras por tratamento estudado. Para a análise de resistência das chapas, foram feitos os testes mecânicos de flexão para a obtenção do MOR e do MOE e resistência à tração perpendicular (TP). Adicionalmente foram realizados testes físicos de inchamento em espessura (IE) e de absorção de água (AA) após 2 e 24h e determinado a densidade e o teor de umidade (TU).
RESULTADOS:
A chapa de aglomerado foi preparada com partículas que ficaram retidas nas peneiras de 20 e 35 mesh e a resina utilizada apresentou 46,91% de sólidos de resina. As chapas foram classificadas como sendo de média densidade. O Teor de umidade na hora da realização dos testes foi próximo de 10%. O tratamento com 5% de adesivo não atende as especificações exigidas para os testes. O tratamento com 10% de resina não atende as exigências mínimas para TP e IE, atendendo somente as exigências para MOR.
CONCLUSÕES:
A palha de coco do babaçu é uma alternativa para a produção de chapa aglomerada, isso porque é extraída do fruto e não há a necessidade de se abater a palmeira para a produção do painel como é feito em casos de produção de chapa aglomerada convencional, com madeira. Chapas com maior proporção de resina apresentaram menor IE e AA, característica que foi apresentada devido a maior quantidade de adesivo.
Instituição de fomento: PIBIC/Ibama
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: chapa de aglomerado; palha de coco de babaçu; fenol-formaldeído.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006