IMPRIMIR VOLTAR
F. Ciências Sociais Aplicadas - 5. Arquitetura e Urbanismo - 3. Projeto de Arquitetura e Urbanismo

Escola Inclusiva: Uma realidade para todos

Carla Renata Ferreira da Vera Cruz  1
Carlen Richeli Ferreira da Vera Cruz  2
(1. Universidade Federal do Pará / Ufpa; 2. Universidade do Estado do Pará / Uepa)
INTRODUÇÃO:

O principio fundamental da escola inclusiva é o de que todos os educandos devem aprender juntos; independente de qualquer dificuldade ou diferença, sempre que for possível, reconhecendo as diversidades e acomodando vários estilos e ritmos de aprendizagem, assegurando uma educação de qualidade.

Diante do exposto, o projeto escola inclusiva: Uma realidade para todos objetiva apresentar a pesquisa a cerca das principais barreiras arquitetônicas que dificultam a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais às escolas. Além de propor soluções para a adaptação dessas barreiras, sendo que muitas vezes estas inadequações nas escolas ocasionam dificuldades, não somente de acesso físico, mas também no processo ensino – aprendizagem das pessoas com necessidades especiais. Pois, para que as atividades aconteçam, os ambientes de aprendizagem devem ser estimulantes e desafiadores, desta forma os alunos, podem estabelecer um convívio agradável entre o aprender e o prazer.

METODOLOGIA:

A pesquisa ocorreu em dois momentos: Primeiramente, realizou-se a pesquisa bibliográfica a partir de um estudo crítico – científico sobre o histórico da educação especial até a sociedade inclusiva, as características das principais necessidades especiais e os critérios para um bom ambiente físico para uma benéfica aprendizagem, segundo a ABNT/NBR – 9050 de 1994 e o MEC no caderno técnico 1 para edificações e equipamentos escolares 1º grau. Posteriormente, visitou-se 5 instituições educacionais: duas de caráter privado e as demais de caráter público, com o intuito de realizar observações in locus das estruturas físicas das escolas e possíveis barreiras arquitetônicas. Neste momento, realizou-se entrevistas com a equipe técnica pedagógica, para perceber quais são as atividades desenvolvidas com os alunos, sejam com necessidades especiais ou não.

Quais as principais barreiras arquitetônicas enfrentadas, e quais os reflexos destas no processo de ensino – aprendizagem dos alunos. Após a técnica de coleta de dados de observação in locu e de entrevista semi-estruturada realizou-se a análise de dados.

RESULTADOS:

Com base nos dados coletados e analisados percebeu –se que os espaços escolares são verdadeiras barreiras para o acesso autônomo de pessoas com necessidades especiais, sendo necessário a constante ajuda de terceiros para a locomoção e permanência destes nestes ambientes.

100% das escolas observadas não apresentam acesso de entrada ou às salas de aula ou apresentam algum desnível que dificulta o acesso independente de portador de necessidades físicas e de locomoção assim como portados de necessidades visuais. A ausência de símbolos informativos, a cerca dos locais da escola, também dificulta o reconhecimento, também de necessidades mentais ou cognitivas. Todas as escolas observadas apresentam barreiras arquitetônicas evidentes, ocasionado na dependência, ou atém mesmo na exclusão dos portadores de necessidades especiais de certas atividades escolares e de lazer no ambiente escolar.

CONCLUSÕES:

Aliado à escassez de uma proposta política pedagógica adequada à sociedade inclusiva, as escolas apresentam barreiras arquitetônicas e de atitudes em relação ao acesso das pessoas com necessidades físicas, por tratar-se de ambientes inadequados para ter uma locomoção autônoma; de atitudes pelo fato das pessoas ditas normais estabelecerem ações de exclusão diante das deficiências alheias, ou seja, segregação os portadores de necessidades especiais por estes não se adequarem a esses espaços. A segregação inicia no projeto Arquitetônico da instituição de ensino e dá conseqüência diante de propostas pedagógicas não inclusivas, que consigam perceber a diversidade educacional como uma realidade e como algo construtivo e um grande meio de troca e aprendizagem contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e menos preconceituosa.

Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Educação inclusiva; Barreiras arquitetônicas; Portadores de Necessidades especiais.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006