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F. Ciências Sociais Aplicadas - 6. Planejamento Urbano e Regional - 2. Métodos e Técnicas do Planejamento Urbano e Regional
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL ATRAVÉS DA ETAPA: ESTUDO DA VULNERABILIDADE NATURAL DO BAIRRO ITOUPAVA CENTRAL (BLUMENAU/SC) NO RECORTE GEOGRÁFICO DE 26°49'46.6" A 26°50'50.0" LATITUDE SUL E 49°04'33.5" A 49°03'34.5" OESTE DO MERIDIANO DE GREENWICH.
Amanda Maria Kienolt 1
Cristiane Mansur de Moraes Souza 1
(1. Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Regional de Blumenau/FURB)
INTRODUÇÃO:
Este artigo refere-se ao segundo ano do Projeto Integrado De Pesquisa Para Extensão: Análise Ambiental Integrada Como Subsídio Para Revisão De Planos De Desenvolvimento Local/ Aplicação Para Metodologias De Avaliação Ambiental Estratégica - Sub Projeto: "Aplicação do Sistema de Informação Geográfica para o Cenário Atual e Futuro na Avaliação Ambiental Estratégica". O tema do presente artigo aborda a elaboração da etapa de cenário futuro da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), que segundo Partidário e Clark (2000, p.10) é "Um processo sistemático para avaliar as consequências ambientais de políticas, planos e programas, de forma a assegurar que elas sejam integralmente incluídas e apropriadamente consideradas num estágio inicial e apropriado do processo de tomada de decisão, juntamente com as considerações de ordem econômica e social". A cenárização futura nesta pesquisa é composta de dois estudos: (1) estudo da vulnerabilidade à ocupação urbana e (2) projeção do plano diretor avaliando nas áreas aqui determinadas como mais vulneráveis à ocupação urbana, verificando a densidade demográfica, que se aplicaria para cada área com sua determinada fragilidade ambiental e legal. Apresentaremos aqui apenas o estudo da vulnerabilidade natural, que é ainda uma etapa anterior ao estudo da vulnerabilidade à ocupação urbana, com o objetivo de demonstrar a importância dos fatores físico naturais como determinantes no estudo da vulnerabilidade à ocupação urbana.
METODOLOGIA:
O estudo da vulnerabilidade natural foi realizado cruzando em geoprocessamento os mapas temáticos, declividade, formas do relevo, cheias, geologia, solo, restrições legais e inferidos através de dados de hipsometria do IPPUB, na escala 1:2000 e estudando os diferentes graus de fragilidade destes fatores físico naturais. Na primeira etapa os mapas temáticos foram digitalizados no Software Autocad 2000, ou seja, passaram por edições topológicas (ajuste e poligonalização), envolvendo conhecimento em cartografia e geoprocessamento, com utilização de mapas planialtimétricos (escala 1:2000, 1993) e imagem orbital Quick Bird 2003. Estes mapas temáticos foram inseridos num aplicativo SIG (Sistema de Informações Geocartográficas) para a manipulação dos dados e cruzados de dois em dois, resultando em um produto cartográfico síntese, que classifica e qualifica a área estudada em diferentes graus de vulnerabilidade natural (alta, média, baixa). Para chegar neste produto síntese passamos por quatro planos de informação; (1) Plano 1 (Relevo X Declividade); (2) Plano 2 (Plano 1 X Solo); (3) Plano 3 (Plano 2 X Geologia); e (4) Plano 4 (Plano 3 X Cheias). Estes planos classificam e qualificam a área estudada em diferentes graus de vulnerabilidade natural (alta, média e baixa).
RESULTADOS:
No caso em estudo se tornou prioritário estabelecer zonas de expansão urbana no Norte do município, (como diretriz no plano diretor), porque o Sul encontra-se com sérias limitações para expansão urbana, em função da topografia acidentada e remanescentes da cobertura florestal de mata atlântica. Este estudo determinou e quantificou quais áreas do recorte estudado, no bairro Itoupava Central, são mais propícias à urbanização, ou seja, as áreas de vulnerabilidade baixa e média de acordo com nossa classificação. Portanto dos 3,2 km² no recorte estudado 1,53% apresentaram resultados de vulnerabilidade natural baixa, 80,96% de vulnerabilidade natural média e 17,51% de vulnerabilidade natural alta. O que significa que 80,96% do recorte geográfico é propício para a urbanização, devendo-se localizar em campo os 17,51% de áreas consideradas de vulnerabilidade alta. Então nas áreas de vulnerabilidade natural alta sugere-se que façam-se trabalhos de campo com o objetivo final de proibir a urbanização e/ou tomar cuidados com relação ao zoneamento determinado. Os demais resultados de qualificação e classificação necessitam de mais detalhes para serem apresentados, portanto serão explicados na versão em completo deste artigo.
CONCLUSÕES:
Através da análise das classes de vulnerabilidade natural podemos orientar a forma de ocupação de um recorte geográfico, propondo necessárias limitações à ocupação, podendo-se assim subsidiar revisões de planos diretores. Neste caso este estudo tem a finalidade de subsidiar a revisão dos estudos de revisão do plano diretor (1996) de Blumenau.
Instituição de fomento: Programa de Iniciação Científica do Governo de SC - PIPE/Art.170, Fundação para o Amparo da Ciência e Tecnologia de SC - FUNCITEC Edital 09/2003
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Vulnerabilidade Natural; Sistemas de Informações Geográficas (SIG); Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006