| G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação |
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EDUCAÇÃO: PRESENCIAL E/OU A DISTÂNCIA? |
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| Bertha de Borja Reis do Valle 1 |
| Paulo Afonso da Cunha Alves 1 |
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| (1. Dep. Estudos de Políticas Públicas, Avaliação e Gestão – DEPAG / UERJ) |
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| INTRODUÇÃO: |
A tecnologia tem evoluído em tempo recorde.Todos os segmentos de uma sociedade devem seguir a evolução tecnológica, e a Educação não pode ficar para trás. A Educação presencial já data de milênios. Os educadores conhecem os métodos tradicionais de ensino. A sala de aula convencional é a mesma até hoje. Neste estudo pretendemos responder às questões: será que com a evolução tecnológica ainda podemos continuar assim? A educação a distância (EAD), utilizando todos os recursos da tecnologia, será a solução para melhorar a formação dos professores? A educação a distância é praticamente nova no Brasil, datando dos anos 40, porém, ainda é desconhecida de muitos e rejeitada por outros. Necessário se faz a existência de tecnologias para sua aplicabilidade. Na pesquisa que realizamos, desmistificamos que somente a educação presencial é de qualidade. A EAD possibilita que todos, mesmo os que residem em localidades desprovidas de cursos superiores, tenham oportunidade de concluir seus estudos e ter uma profissionalização mais completa. Concluímos que são duas formas idênticas, porém igualmente eficazes. Utilizamos como referenciais teóricos estudos de avaliação qualitativa realizados no Brasil desde os anos 70 (ANDRÉ, 1978) e de avaliação emancipatória (SAUL, 1995), além de análises acadêmicas sobre experiências de EAD realizadas por Villardi e Oliveira (2005). |
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| METODOLOGIA: |
Este trabalho discutiu, cientificamente, as diversas dimensões da aplicação da educação, quer seja presencial ou a distância, buscando uma reflexão sobre a validade e empregabilidade das duas formas. Como o objetivo principal da pesquisa foi analisar comparativamente o desempenho de estudantes dos cursos de Pedagogia da Faculdade de Educação da UERJ, nas modalidades presencial e à distância, utilizamos a mesma disciplina, o mesmo período letivo e os mesmos professores. Na presencial foi computada uma turma de 45 alunos, e na EAD, a turma do Pólo Maracanã, com 28 alunos, embora o universo de alunos seja muito maior em ambas as modalidades, porém, somente estas duas turmas se encaixavam no perfil desejado para a pesquisa. Os sistemas se equivalem (ementas, bibliografia, número de avaliações, tipo de avaliação), havendo pequenas mudanças em face do curso oferecido. Partindo dos dados acima e da aplicação tanto das aulas presenciais, quanto da tutoria a distância, pudemos obter os resultados para uma análise mais apurada sobre as duas modalidades. Deu-se importância à avaliação (sendo seu número e o grau de dificuldade dos trabalhos e provas, idênticos), ao número de desistentes, ao período letivo, às dificuldades encontradas, entre outras. De posse destes dados e feita as análises necessárias, pudemos concluir nossa pesquisa. |
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| RESULTADOS: |
No curso presencial podemos afirmar que: existe um maior contato do educador com o educando; o período letivo fixo, com aulas presenciais, pode sofrer interrupções ou paralisações devido a feriados, greves, dificuldades em chegar ao local. Geralmente não se consegue chegar ao fim do programa; 200 minutos de aula por semana, existindo dificuldades de se cumprir o 1º e o 6º tempos de aula. A disciplina oferecida nestes tempos fica prejudicada quanto ao seu conteúdo. No curso a distância: o contato é virtual, tutor e educando se falam por telefone ou se comunicam virtualmente; embora o período letivo seja fixo, é maleável para o educando, uma vez que escolhe seus dias e horários para estudo, inexiste o problema dos feriados e demais casos inerentes ao presencial; não existem problemas quanto ao horário, pois o aluno estuda de acordo com sua disponibilidade de tempo e não é reprovado por falta. Quanto ao programa, ele tende a chegar ao seu final, pois independe do professor; necessita-se de um programa de EAD, linha telefônica/fax, e espaço físico para a execução das provas presenciais; o aluno necessita de um computador ligado à internet (com banda larga). Este é o problema maior, em face dos excluídos digitais, porém sanável com um laboratório com computadores ligados à internet e franqueados aos alunos do curso. Em linhas gerais, os resultados obtidos no semestre de 2005/2, em ambos os cursos, comprovou que o desempenho dos estudantes se equivale nas duas modalidades. |
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| CONCLUSÕES: |
Como podemos verificar, os dois sistemas se equivalem. Não há mais dificuldades em um ou outro. A dedicação do professor ou do tutor é que poderá fazer a diferença para o educando. Na realidade, dizer que a educação a distância não alcança os resultados esperados pode ser vista por dois ângulos. O primeiro pode ser o medo de uma nova forma de educar, que exige novos aprendizados e conhecimentos. Outro é o desconhecimento de como é feita a educação a distância. Alguns ainda acreditam que continua o mesmo procedimento de há alguns anos. Hoje, porém, com o uso do computador e da internet, não podemos mais comparar ao que era. É uma nova jornada, com muito mais tecnologia e formas de expandir o conhecimento. Já a educação presencial necessita de novos investimentos por parte das instituições e dos seus professores. As novas tecnologias educacionais apresentadas não permitem que os educadores se mantenham em sala de aula, usando somente o quadro e alguns outros meios audiovisuais. Necessitam conhecer os meios mais modernos e empregá-los, sob pena de se tornarem educadores obsoletos em face de um mundo globalizado e cibernético. |
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Palavras-chave: Educação presencial; Educação a distância; Avaliação. |
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| Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
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