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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
EFEITOS SOBRE O SONO DE UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR AMBULATORIAL DE CURTA DURAÇÃO EM PACIENTES COM DPOC
Darlan Laurício Matte 1
Pauline Folador 2
Michelle Gonçalves de Souza 3
Walter Celso de Lima  4
Alberto Chterpensque 5
(1. Prof. MSc - CEFID – UDESC e Respirar Centro de Medicina Respiratória; 2. fisioterapeuta - CEFID – UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina; 3. fisioterapeuta - CEFID – UDESC e Respirar Centro de Medicina Respiratória; 4. Prof. Dr. - CEFID – UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina; 5. Prof. UFSC, UNISUL e Respirar Centro de Medicina Respiratória)
INTRODUÇÃO:

Reabilitação pulmonar é um programa contínuo de serviços dirigidos a pessoas com problemas pulmonares e suas famílias, proporcionado por uma equipe multiprofissional de especialistas, com o propósito de alcançar e manter o indivíduo com o máximo nível de independência, qualidade de vida e função na comunidade. Analisa-se se um Programa de Reabilitação Pulmonar Ambulatorial de Curta Duração (PRPACD) influencia a qualidade do sono de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) de grau moderado ou grave.

METODOLOGIA:
Três pacientes portadores de DPOC estabilizada, atendidos na “Respirar - Centro de Medicina Respiratória” / Florianópolis / SC, cujo projeto de pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa da UDESC, foram submetidos a uma avaliação fisioterápica inicial e preencheram ao questionário Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh. Após realizarem o PRPACD, foram novamente avaliados com os mesmos instrumentos da avaliação inicial, ou seja, pré e pós PRPACD.
RESULTADOS:
Os resultados mostraram que, com o PRPACD, os domínios qualidade subjetiva do sono, duração do sono, distúrbios do sono, disfunção durante o dia melhoraram e o domínio uso de medicação para dormir não se alterou. O Índice de Qualidade de Sono médio passou de 8,3 para 5 pontos (numa escala de 0 a 21, onde escores próximos a zero correspondem a uma melhor qualidade do sono). Porém, a melhora de 39,75% não foi estatisticamente significativa (p=0,054).
CONCLUSÕES:
Não se pode, no caso, fazer inferências estatísticas, pois a amostra é muito pequena. Entretanto, pode-se concluir, dos resultados obtidos, como prováveis tendências. Trabalhos futuros propõem realizar a mesma pesquisa com uma amostra maior. A tendência, neste caso, é que o PRPACD, apesar de seus outros benefícios, não produz melhora da qualidade do sono de DPOCs, o que corrobora com estudos polissonográficos da mesma população realizados recentemente.
 
Palavras-chave: Sono; DPOC; Reabilitação pulmonar.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006