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B. Engenharias - 1. Engenharia - 3. Engenharia Civil

Avaliação da resistência e da durabilidade do concreto composto com escória de alto-forno, brita zero e aditivos plastificantes

Carmen Couto Ribeiro 1
Joana Darc da Silva Pinto 2
Tadeu Starling 3
(1. Universidade Federal de Minas Gerais; 2. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; 3. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
INTRODUÇÃO:
O trabalho propõe a avaliação da resistência e da durabilidade do concreto composto com escória de alto-forno como agregado miúdo, brita zero como agregado graúdo e aditivos plastificantes, visando à diminuição do fator água-cimento e aumento de resistência, trabalhabilidade e principalmente da durabilidade, avaliada também através de ensaios de sanidade e de reatividade potencial.
METODOLOGIA:
Neste estudo foram realizadas dosagens utilizando escória e/ou areia como agregado miúdo, brita zero como agregado graúdo e aditivos plastificantes. Complementarmente, foram feitos ensaios relativos à sanidade e à reatividade potencial (método químico) com a escória de alto-forno, para uma avaliação qualitativa deste material em termos do comportamento ao longo do tempo e das reações que poderiam comprometer a resistência e a durabilidade do concreto.
RESULTADOS:
Foram realizados os traços de concreto a seguir. Cimento: areia: brita (1: 2: 3) e fator água-cimento de 0,60; e cimento: areia: escória: brita (1: 1,5: 1,5: 3) e fator água-cimento de 0,58. A utilização de aditivos plastificantes permitiu a diminuição do fator água-cimento destes traços para 0,50 e 0,45 respectivamente. As resistências à compressão a 7 dias foram de 13,0 MPa (C: A: B) e 10,8 MPa (C: A: E: B), para os traços sem a utilização de aditivos. Com a utilização de aditivos, as resistências obtidas foram de 16,5 MPa (C: A: B) e 12,50 MPa  (C: A: E: B). O ensaio de sanidade da escória de alto-forno, realizado com solução de sulfato de sódio, apresenta como resultado, uma perda da amostra de escória ensaiada de 12,7%. Pode-se verificar também que a escória de alto-forno não é um agregado potencialmente reativo, em função do ensaio de reatividade potencial realizado.
CONCLUSÕES:

Os resultados das resistências à compressão a 7 dias de concretos com escória e concretos tradicionais demonstram um ganho de resistência da ordem de 15% com a utilização de aditivos plastificantes. No que se refere à durabilidade, foi feita uma análise dos itens referentes aos riscos de deterioração da estrutura em função das classes de agressividade – norma 6118/2001, verificando-se que os concretos de escória de alto-forno com aditivos plastificantes e a conseqüente redução dos fatores água-cimento, de forma similar aos concretos tradicionais, apresentam uma diminuição no risco de deterioração, quando submetidos a agressividades ambientais. Pode-se constatar, inclusive, que um concreto de escória com aditivos poderia ser utilizado até em ambientes elevadamente agressivos. Com relação aos ensaios de sanidade, considerando o limite de normalização de 12%, o resultado de 12,7% obtido não é significativamente discrepante.

De acordo com os traços e os ensaios realizados, pode-se concluir que a escória de alto-forno atende de forma geral aos requisitos de resistência e de durabilidade do concreto.

Instituição de fomento: Fapemig - Fundação de Amparo à Pesquisa eo Estado de Minas Gerais
 
Palavras-chave: Concreto; Escória de Alto-forno; Aditivos.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006