Esta pesquisa teve como universo os funcionários das empresas familiares de Campina Grande – PB, que têm como cultura uma administração tipicamente familiar. A amostra não-probabilística intencional foi composta por 54 (cinqüenta e quatro) funcionários dessas empresas familiares de diversos segmentos comerciais da cidade. Foi utilizado como instrumento para coleta de dados, formulários com questões fechadas em escala tipo LIKERT e questões de múltiplas escolhas. Os entrevistados foram escolhidos aleatoriamente e por acessibilidade. Para realizar a análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS for Windows versão 9.0 para correlação das informações que respondessem aos objetivos propostos neste estudo. Foram analisadas variáveis que versaram sobre os dados sócio-profissionais e perspectivas dos funcionários quanto ao modelo de gestão das respectivas empresas pesquisadas, inclusive, analisou-se aspectos referentes aos vínculos familiares se estes  afetam a  estrutura  da organização;se a ligação familiar favorece um alto cargo dentro da empresa;se os gerentes de origem não familiar tem nova visão administrativa;se o vínculo familiar gera conflitos com os funcionários da empresa;se há  questões típicas do ambiente familiar interferindo na produtividade da empresa, entre outras questões da própria cultura organizacional.

Constatou-se que (32,1%) dos entrevistados concordaram totalmente que a ligação familiar favorecem ao preenchimento de cargos de alto nível,(32,6%) concordaram parcialmente que o sucesso da empresa se deve ao fato delas serem de origem familiar,assim como(37,7%)concordaram parcialmente que membros da família interferem regularmente  nos negócios da empresa,(34%)estão de acordo que o vínculo familiar gera conflito entre os outros funcionários.Apenas  (26,4%) dos funcionários afirmaram investimentos em treinamentos e cursos sistemáticos para atualização dos colaboradores da empresa,(35,8%) concordaram totalmente que gerentes  de origem não familiar têm visão inovadora da administração;constatou-se também que (42%) responderam ter ensino médio completo e que o tempo de serviço prestado à empresa oscila entre três a cinco anos totalizando (32%) dos entrevistados.

Conclui-se, portanto que a visão dos colaboradores das empresas familiares analisados, denota certo modelo centralizador pouco estratégico e inovador, inclusive observou-se que os gestores que não estão vinculados ao núcleo familiar da empresa contribuem mais significativamente segundo os entrevistados. Quanto aos conflitos empresa/família na percepção dos entrevistados devem ser tratados com técnicas de gestão mais modernas como: estabelecimento de sistemas de decisão mais participativos e realização de programas de desenvolvimento profissional. Diante deste cenário esta pesquisa verificou a percepção dos  colaboradores  e familiares quanto a  administração e funcionalidade  da estrutura organizacional de uma empresa familiar.