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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 3. Saúde de Populações Especiais
PERFIL DE IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ/PR
Grasiely Faccin Borges 1
Katia Cristine Schmidt 1
Maria Angelica Binotto 1
Simone Herdina 1
Sidney Ferreira Farias 1
(1. Universidade Federal de Santa Catarina)
INTRODUÇÃO:

A busca pela participação em grupos de idosos vem crescendo a cada ano e torna-se indispensável entender os aspectos que envolvem essa clientela quando se trata de qualidade de vida, bem-estar e saúde do idoso. Os grupos de convivência vêm oferecendo diversas atividades entre estas a prática regular de atividades físicas. Atualmente percebe-se um consenso entre os profissionais de saúde que a atividade física e um fator determinante para um envelhecimento saudável. De maneira geral os idosos são acometidos por doenças crônicas, dessa forma torna-se necessário conhecer o perfil destes participantes a fim de contribuir para o planejamento e organização do programas desenvolvidos nestes grupos.  Sendo assim o presente estudo teve como objetivo verificar o perfil de idosas participantes de grupos de conivência, do município de Maringá/PR.

METODOLOGIA:

Para coleta de dados foi utilizada uma entrevista contendo dados sócio-demográficos e classificação econômica, a qual foi aplicada no ambiente de atividades das idosas, por uma pesquisadora previamente treinada. Utilizou-se o software EpiData 3.1 para dar entrada nos dados e o Estatística 6.0 para análise descritiva. A população constituiu-se de 315 idosos participantes de diversos grupos de convivência.  A amostra deste estudo foi constituída por 92 mulheres com idade entre 60 e 98 anos (Média 68,1 anos; ±7 anos), participantes de quatro programas de convivência de idosos de diferentes bairros do Município de Maringá- Paraná/Brasil, que ofereciam atividades no mínimo uma vez na semana, incluindo atividades físicas como ginástica, dança, alongamento, caminhada entre outras.

RESULTADOS:

Por meio dos resultados, verificou-se que entre as 92 mulheres entrevistadas destacam-se alguns aspectos onde, 87% não completaram o ensino fundamental, seguidas 6,5% que concluíram o fundamental, 5,4% que cursaram até o ensino médio e 1,1% que finalizaram o ensino superior. A principal ocupação dessas idosas foi à aposentadoria (39,1%), seguida por ser dona de casa (40,2%) e pensionista (13%), apenas 7,6% relatou ser aposentada mas ainda continuar trabalhando.

A maioria das mulheres (46,7%) pertence à classe C que possuí, segundo a ABEP (2003), uma renda média familiar de 927 reais, seguidas por 28,3% na classe D com renda de até 207 reais mensais como média familiar, outras 25% idosas foram classificadas entre as classes B1, B2 e A2 que tem como renda média familiar de 1.669 a 4.648 reais mensais.

Com relação ao estado civil 3,3% afirmaram ser solteiras, 47,8% casadas, 42,4% viúvas e 6,5% divorciadas. Além disso, 90,2% relataram apresentar algum tipo de doença, dentre estas, foram mais freqüentes as doenças do sistema circulatório (42%) e do sistema músculo esquelético (35%).Também foram relatadas doenças relacionadas ao sistema endocrino (4,54%), sistema nervoso (3,4%), sistema respiratório (1,7%), sistema excretor (1,7%) e outros (11,36%).

CONCLUSÕES:

Diante dos resultados encontrados, destaca-se a importância de um trabalho de qualidade levando em consideração os indivíduos e o seu envolvimento no contexto da vida familiar e social. Um dos problemas sociais, econômicos e de saúde dos idosos e, em grande parte, o das mulheres idosas, que vivem mais que os homens, e que ao se tornarem viúvas têm maior dificuldade de casar novamente, são mais sozinhas, apresentam menores níveis de instrução e renda e maior freqüência de queixas de saúde. Destaca-se ainda que as doenças do sistema circulatório e músculo esquelético são as que mais acometem esta população, sendo as mais freqüentes hipertensão arterial, problemas de coluna, osteoporose e artrose. Neste sentido, ressalta-se a importância e o incentivo para manutenção e a criação de novos grupos de convivência que englobem programas de orientação de atividade física dirigidos a este grupo etário, podendo contribuir, desta forma, para a socialização, aquisição de um estilo de vida ativo e conseqüentemente para a elevação da qualidade de vida da população de idosos dessa região.

Instituição de fomento: CAPES
 
Palavras-chave: Idosos; Grupos de Convivência; Doenças.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006