| E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 2. Economia e Sociologia Agrícola |
|
ANÁLISE ECONÔMICA DA ADEQUAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELATIVOS AO USO DO SOLO NA MICROBACIA DO CURVADO - MCR/PR |
|
| Joana Schöne 2 |
| José Augusto Koling 1 |
| Everton Ulkoski 1 |
| Douglas Fernando Kunz 1 |
| Ricardo Zenatti 1 |
| Wilson João Zonin 3 |
|
| (1. Acadêmicos do curso de Agronomia - UNIOESTE - M. C. Rondon; 2. Acadêmica do curso de Zootecnia - UNIOESTE - M. C. Rondon; 3. Professor do centro de ciências agrárias - UNIOESTE - M. C. Rondon) |
|
|
| INTRODUÇÃO: |
A microbacia do Córrego Curvado, está localizada no município de Marechal Cândido Rondon - Paraná. As atividades agropecuárias nela predominantes são: cultivo de milho, soja, agropecuária leiteira, suinocultura e avicultura de corte. Estas atividades agropecuárias exercem forte pressão sobre os recursos naturais, gerando passivos ao meio ambiente. Preocupada em reverter esta situação, a Itaipu Binacional lançou em 2004 um grande programa sócioambiental, “Cultivando Água Boa”. Um dos projetos estratégicos deste programa é o “Projeto de Adequação Ambiental”, iniciado em 2004 através de Convênio entre a Unioeste/MCR e a Itaipu. Este artigo busca analisar os custos da recuperação destes passivos ambientais. O Projeto tem por finalidade desenvolver ações focadas na preservação e na melhoria da qualidade da água, da biodiversidade e no fortalecimento dos ciclos ambientais, estimulando novas mentalidades e racionalidades nas relações homem/natureza. Este artigo busca analisar os custos da recuperação destes passivos ambientais. |
|
| METODOLOGIA: |
O trabalho foi realizado no Município de Marechal Cândido Rondon, na microbacia do Córrego Curvado, onde foram diagnosticadas 76 propriedades. O diagnóstico sócio econômico ambiental foi realizado através de três métodos de coleta de dados: (1) entrevistas com os agricultores e preenchimento de um formulário; (2) leitura da paisagem para observar o comportamento dos indicadores selecionados para o trabalho; (3) verificação do estado da propriedade em relação ao passivo ambiental relativo ao uso do solo, levantando a quantidade de área a ser reflorestada, a condição das estradas se estão adequadas, os terraços se atendem as práticas conservacionistas e a ocorrência de voçorocas; (4) levantamento das propriedades com o uso de GPS (Global Positioning System) para georreferenciar estas e a confecção dos mapas das áreas utilizando computadores de mesa com programa livre QCAD-2.0.4; (5) Avaliação dos dados coletados a campo calculando a porcentagem dos custos para recuperação dos passivos ambientais em relação ao uso do solo. |
|
| RESULTADOS: |
Dentre os dados analisamos o valor unitário e total de quatro variáveis: Estradas, voçorocas, reflorestamento e terraços. Estas variáveis são os passivos ambientais mais expressivos em relação ao uso do solo. E representam respectivamente - 22, 31,25 e 22 - do percentual dos gastos para adequação. A degradação dos passivos ambientais em relação ao uso do solo é devido a um mau manejo dos recursos naturais e é um grande problema, e sua recuperação envolve custos elevados. Sendo o mais elevado a recuperação de voçorocas (R$ 177.907,60) porque o alto valor é devido à implantação de drenos subterrâneos que tem um custo estipulado por metro linear de R$ 37,51 tal preço estipulado pela equipe técnica da Itaipu Binacional; seguida por reflorestamento (R$ 145.281,41), tendo um custo por hectare de R$ 1362,30 idem; estradas (R$ 125.467,00) com custo por metro quadrado de R$ 3,96; e terraços (R$ 123.444,90) tendo o preço por metro linear de R$ 3,10 também determinado pela equipe técnica da Itaipu Binacional. Correspondente a um gasto total final de R$ 572.100,90 cujos dados levantados em 76 propriedades. Tais gastos na recuperação destes passivos será partilhado entre ITAIPU Binacional, Prefeitura e agricultores. |
|
| CONCLUSÕES: |
De acordo com os dados avaliados obteve-se um custo total para recuperação dos passivos ambientais relacionados ao uso do solo de R$ 572.100,90; onde a adequação de voçorocas representa 31% dos gastos; reflorestamento 25%; estradas 22% e terraços também 22%. |
|
|
|
Trabalho de Iniciação Científica
|
|
Palavras-chave: Adequação Ambiental; Microbacias; Impactos econômicos. |
|
| Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006 |
|