Este trabalho está relacionado ao desenvolvimento de processo de modificação de propriedades superficiais. O processo utiliza uma máquina de soldagem por resistência elétrica a ponto modificada. A energia térmica devido ao efeito Joule (corrente elétrica) é utilizada para aquecer a superfície do corpo de prova, de tal forma a austenitizá-lo. Ao mesmo tempo procura-se evitar a ocorrência de fusão e/ou união do eletrodo com o corpo de prova. Na primeira fase do projeto, foram encontrados problemas, como a não homogeneidade da zona termicamente afetada e o acabamento superficial. O objetivo deste trabalho é aperfeiçoar o acabamento da zona de contato eletrodo/corpo de prova, otimizando o dispositivo de contato para têmpera por resistência elétrica.

Presumiu-se que com o aperfeiçoamento do dispositivo de contato, conseguiria-se melhorar o acabamento da superfície de contato eletrodo/corpo de prova; por conseguinte, as regiões da zona afetada termicamente seriam uniformizadas. Em conseqüência, as propriedades seriam mais homogêneas nesta zona.

O dispositivo de contato foi re-projetado e aprimorado, desenvolvendo-se um sistema massa-mola para melhoria do contato eletrodo/peça. Foi realizada a análise micrográfica da zona afetada termicamente (dureza, profundidade, microestrutura) em função dos parâmetros de soldagem (potência, corrente).

Os passos e testes realizados com o dispositivo aprimorado são apresentados, bem como a análise comparativa das microestruturas da zona afetada termicamente.

A aplicação do dispositivo desenvolvido para o uso em máquina para o processo de soldagem por resistência elétrica a ponto mostrou-se eficaz. A superfície do corpo de prova austenitiza, sem a ocorrência de fusão e/ou solda macroscópica. A comparação das microestruturas anteriores e posteriores ao uso do dispositivo otimizado mostrou a homogeneidade da zona afetada termicamente.