Mais do que sonhar com o próprio negócio, os empreendedores precisam estar conscientes dos obstáculos e ainda, ter os devidos conhecimentos que levam ao possível crescimento das empresas. Como fazer isso? Onde buscar recursos? Essas são as principais dúvidas da maioria das pessoas que abrem um pequeno negócio. Através de uma retrospectiva ao longo dos tempos, é possível constatar que as grandes mudanças no mundo empresarial que deram certo e que causaram impactos foram ousadas, inovadoras. Agora, em pleno Século XXI, não há justificativa para que os empreendedores desconheçam das ferramentas da administração e continuem gerenciando na mesmice. É necessário se capacitar, pois o que vai fazer a diferença de um empreendedor para outro em mercados cada vez mais competitivos, é a postura empreendedora adotada, ou seja, a idéia certa, no momento certo, executada da maneira rápida e correta. Apesar da falta de conhecimento e de gestão dos empreendedores, o interesse pela atividade empresarial no Brasil cresce a cada dia. Os motivos? Necessidade de realização profissional, falta de oportunidade no mercado, aumento da renda e, preenchimento de tempo livre. Mas apesar da vontade do empreendedor iniciante, as estatísticas não são animadoras. Segundo estatísticas fornecidas pelo SEBRAE, cerca de cinqüenta e quatro por cento das empresas fecham suas portas antes de completarem dois anos no mercado. A mortalidade se deve, principalmente, à falta de conhecimento das ferramentas de gestão.

Foram realizadas pesquisas literárias por meio do estudo de livros de Administração e TGA, além de pesquisas em internet e revistas da área. Após este embasamento teórico, partiu-se, então, para pesquisa de campo, através da coleta de dados entre empresários das empresas “ativas e extintas”, consultores na área administrativa e levantamentos na JUCEPE - Junta Comercial de Pernambuco. Acompanhamos trabalhos de consultoria junto à micro e pequenas empresas, localizadas em municípios do agreste meridional pernambucano, o que permitiu constatar efervescência da atividade empreendedora, através da criação de negócios.

Diversas pesquisas têm sido realizadas para explicar as causas desse elevado percentual de insucesso das micro e pequenas empresas. O fato é que elas apresentam as mesmas conclusões, mostrando que os principais motivos do problema estão na falta de habilidade administrativa do empreendedor. Além da falta de preparação para gerir seu negócio o empreendedor tem pouco conhecimento do mercado, dificuldade de domínio e conhecimento do controle financeiro empresarial, alta competitividade e resistência às parcerias e iniciativas associativistas. Não existirá espaço no mercado para o empresário que não aplicar as ferramentas da administração, e com isso não só levar a modernidade a sua empresa, como também conseguir tira-la das estatísticas de mortalidade, mas é importante lembrar que isto deve ser feito com segurança e eficiência.

Dado a análise dos fatos observa-se que o alto índice de mortalidade, indica como uma das causas principais do fechamento prematuro das empresas as falhas na condução gerencial e no planejamento no início de um novo negócio, cabe aos novos empresários aprimorar e intensificar a busca por programas de capacitação empresarial, especialmente os voltados à formulação de planos de negócios, gestão de empresa, aprimoramento contábil das MPE, melhor conhecimento das características e do potencial do mercado, com ênfase nas fases de planejamento e desenvolvimento inicial da empresa, além de ações voltadas ao aprimoramento do espírito empreendedor.