A Coordenação de Curso e o Departamento de Psicologia da Universidade Federal Fluminense, em conjunto, deram início a uma série de atividades para envolver  professores e alunos no estudo da reforma curricular do Curso de Graduação em Psicologia privilegiando a experimentação de um processo participativo.  Para a realização do trabalho foram avaliadas as propostas das Diretrizes Curriculares tendo em vista os Pareceres CNE/CES 1314/2001, retificado pelo CNE/CES 72/2002 em adendo ao CNE/CES 62/2004, homologado pelo MEC em 12 de abril de 2004, ressaltando-se alguns pontos:1. Reafirmar os encaminhamentos do Encontro Nacional de gestores de Psicologia, Serra Negra/1992 e do Fórum Nacional, Ribeirão Preto/1997,  que enfatizavam o desenvolvimento de implicações políticas do curso de psicologia e do compromisso com a realidade social a partir de uma formação pluralista fundamentada na discussão epistemológica, ética, científica, crítica e investigativa; 2. Garantir, no desenvolvimento do Projeto Pedagógico do curso, o tripé que dá qualidade à formação da Universidade Pública pautada na articulação entre ensino, pesquisa e extensão; 3. Garantir a participação de professores e alunos no processo da Reforma Curricular.

Para iniciar os trabalhos, a Coordenação do Curso participou de seminários nacionais e regionais sobre o tema buscando  acumular informações sobre a proposta do Ministério de Educação e Cultura,  para a Reforma Curricular nas universidades. A reforma do currículo do curso de graduação em psicologia/ UFF,  contou com a participação de professores e alunos, em pequenos grupos de trabalho,  para a construção de propostas de mudança, em relação ao currículo atual. Ao final, quatro propostas foram apresentadas para discussão, em cinco  reuniões ampliadas envolvendo coordenação de curso, professores do departamento, membros do colegiado do curso e alunos. Os resultados do novo currículo  foram processados, pela Coordenação de Curso, em formulários oficiais da Pró-Reitoria de Assuntos Acadêmicos e encaminhados aos colegiados do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas  e do  Conselho de Ensino e Pesquisa. Posteriormente,  foi realizado um estudo de viabilidade para definir a sistemática de transição do alunado.

 A proposta da reforma curricular visava a formação de Eixos Estruturantes com a finalidade de produzir uma visão mais abrangente do rol das disciplinas do núcleo comum e das disciplinas articuladas pelas ênfases, criando novas possibilidades de leitura na rede curricular misturando conteúdos na integralização das ementas. Tal composição indicava um diferencial em relação às propostas usuais de se conectar disciplinas através de fluxograma, garantindo uma perspectiva transdisciplinar de articulações entre teoria e prática. A ênfase, na articulação das disciplinas, marca mais um avanço efetivo na abordagem de diferentes temas, do que a especialização da formação.  Desta forma, não se objetivava estabelecer um currículo que retratasse o campo da Psicologia como sendo homogêneo, mas, ao contrário, reconhecendo às contradições e a própria dispersão dos saberes que caracteriza essa formação, foi privilegiada a manutenção de sua multiplicidade, garantindo ao aluno uma formação generalista. Uma base criativa do currículo de graduação em Psicologia da UFF refere-se à oferta de estágios por projetos, onde o aluno pode participar de forma ativa de todas as fases de um projeto de intervenção. Pesquisa de campo, planejamento, elaboração de projeto, realização de ações e retorno de dados da intervenção às diversas instituições.

 Proposta de Reforma Curricular para o Curso de Graduação em Psicologia da UFF empreendeu uma gama de 23 formulários que constam: apresentação, objetivos, justificativa, perfis de formação, Grades curriculares por habilitação, Tabelas de disciplinas por período, Composição de carga horária por habilitação, Planos de equivalência, Ementários, Programas e Bibliografias e Sistemática de transição para o alunado.  As várias mudanças refletem a atualização das ementas e o comprometimento com a crítica e a realidade brasileira.