Este trabalho apresenta uma reflexão crítica acerca da relevâncias de se conhecer por meio de pesquisas transdisciplinares, a diversidade e a dinâmica dos grupos familiares e sua relação com as políticas sociais. Esta atitude se faz pertinente uma vez que a relação entre as políticas e a família é dialógica, isto é, ambas se afetam.

Assim, são analisados, por meio da observação participante, a família e seus múltiplos arranjos e ciclos de vida, além de sua relação dinâmica com a sociedade e as políticas sociais. Tal análise é fundamentada no diálogo com autores como Carvalho, Costa, Goffmam, Pichon-Riviere, Ricci, dentre outros; além da nossa prática profissional como assistente social, na qual atuamos prioritariamente com famílias.

Verificamos que há uma diversidade de grupos familiares, assim como há especificidades na dinâmica destes. Constatamos ainda que há uma interferência de aspectos internos e externos nesta instituição social, os quais fazem com que ela assuma as mais variadas facetas. Este fato tão peculiar à família exige de um pesquisador do tema uma visão no mínimo transdisciplinar, com vistas a uma melhor compreensão do seu objeto, o qual é, em si sinônimo de complexidade.

Tais considerações evidenciam que é impossível dissociar a família de seu contexto sócio-economico-cultural, para que haja uma leitura consistente da mesma. Este ponto de vista confirma, a pertinência da pesquisa transdisciplinar como forma de conhecer o universo familiar e a conseqüente importância desta como contributo significativo para a elaboração de substanciais políticas sociais, visando a suprir, verdadeiramente, as demandas da família.