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A. Ciências Exatas e da Terra - 7. Oceanografia - 2. Oceanografia Física

ASPECTOS METODOLÓGICOS DA APLICAÇÃO DOS SISTEMAS DE MODELAGENS DE DADOS METEO-OCEANOGRÁFICOS NA SIMULAÇÃO DE PROCESSOS COSTEIROS

Josenilma Carla de Souza ¹

Flavo Elano Soares de Souza ²

(1. Bolsista voluntária (graduanda em Matemática-DCEA/CERES/UFRN); 2. Orientador (Professor do DHG/CERES/UFRN))

INTRODUÇÃO:

A maior parte das populações humanas ocupa as regiões costeiras, dando lugar ao desenvolvimento de pólos econômicos. Junto a isto se considera que tais atividades vêm influenciando no modelado costeiro, pondo em risco a destruição de inúmeros recursos ambientais. Neste caso a modelagem de dados meteo-oceanográficos, que vem recebendo bastante atenção da comunidade científica devido ser uma ferramenta de monitoramento e previsão dos processos costeiros, possibilita compreender a circulação ou hidrodinamismo das águas costeiras, elucidando os processos de dispersão de poluentes e de sedimentos, simulando os riscos de acidentes ecológicos e de erosão costeira.

METODOLOGIA:

A etapa inicial consistiu na compreensão dos conceitos dos fenômenos físico-oceanográficos que integram a circulação oceânica em várias escalas. A compreensão dos modelos numéricos e o levantamento bibliográfico pertinente à modelagem de dados meteo-oceanográficos na simulação de processos costeiros, visou a fundamentação teórica em relação a pesquisa e as fontes de aquisição de esquemas numéricos em linguagem de programação FORTRAN ou correlatas. Após a aquisição dos modelos numéricos procedeu-se a compreensão de suas equações governantes como de suas implicações no processamento de dados meteo-oceanográficos na simulação de processos costeiros básicos (marés, correntes, erosão e deposição). Com isto permitiu-se uma avaliação da aplicação prática na simulação dos referidos processos.

RESULTADOS:

A modelagem de dados meteo-oceanográficos envolve uma seqüência de rotinas programadas em FORTRAN, caso do Modelo numérico conhecido como POM (Princeton Ocean Model), havendo uma necessidade maior da compreensão dos processos físicos costeiros, descritos nessa linguagem computacional. Além disso, verifica-se a necessidade da compreensão dos fenômenos e escalas de grandezas tratadas no modelo (marés, correntes, vórtices, ondas e circulação atmosférica, temperatura, salinidade e densidade), o qual não possui uma interface amigável com o usuário, pois as rotinas exigem conhecimento de programação em FORTRAN. No entanto, o torna mais maleável, no sentido de readequação das equações governantes nesse modelo. De outra forma, o MATLAB, é um software com interface gráfica mais amigável, possibilitando o usuário, a visualização dos dados processados no POM. Além disso, o MATLAB já possibilita a modelagem no seu próprio ambiente computacional, não requerendo a necessidade de outros softwares para isto. No entanto a programação em MATLAB exige uma familiarização com a construção de rotinas e comandos, nas mesmas condições da programação em FORTRAN. Contudo, a presente pesquisa avaliará outros modelos computacionais, destinados aos processos costeiros, como o SISBAHIA (Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental).

CONCLUSÕES:

Os modelos utilizados no processamento de dados meteo-oceanográficos, na forma de códigos-fontes, como nos casos dos esquemas numéricos observados no POM e rotinas MATLAB, exigem uma familiarização com linguagens computacionais específicas para manipulação das variáveis e escalas de grandezas tratadas na simulação de fenômenos costeiros e oceanográficos. Com efeito, não possibilitam uma interface amigável com o usuário. Todavia, verifica-se a possibilidade de ajustes das equações dos modelos tendo em vista a manipulação de códigos-fontes, na respectiva linguagem e ambiente computacional. Ainda, examinar-se-á outro modelo como o SISBAHIA, para efeito de comparação com os ora descritos.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Dados meteo-oceanográficos; modelagem numérica; fenômenos físico-oceanográficos.

Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006