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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 1. Físico-Química
CINÉTICA DE SECAGEM DA CASCA DE BANANA PRATA (Musa Sapientum)
Judite Siqueira Leite 1
Guilherme Costa de Oliveira 1
Marcelo Batista de Queiroz 1
Danusa Costa Campos 1
Rita de Cássia Alves Leal 1
Wilton Silva Lopes 1
(1. Departamento de Química da Universidade Estadual da Paraíba)
INTRODUÇÃO:
A banana prata (Musa Sapientum) é considerada a fruta mais produzida e a mais consumida no mundo. Diante disso, observa-se no conjunto das classes sociais, independentemente do poder aquisitivo, o não aproveitamento dos recursos disponíveis, o que resulta em aumento de custo para os gêneros alimentícios, além do acúmulo do resíduo para o meio ambiente. Sabe-se que a casca apresenta-se em média 37,04% desta fruta e uma de suas utilizações é na fabricação da farinha ou obtenção do resíduo seco para outras aplicações. O conhecimento do processo adequado para secagem é de suma importância e necessita de um estudo mais aprimorado para conhecê-la. O objetivo deste trabalho é estudar o processo de secagem da casca de banana Musa Sapientum, visando uma melhor cinética de secagem, através da termogravimetria isotérmica que é um método experimental usado na caracterização de materiais, sendo hoje uma das técnicas muito utilizadas para determinação do comportamento térmico, empregada na avaliação da estabilidade térmica, na obtenção de parâmetros e informações cinéticas.
METODOLOGIA:
As curvas termogravimétricas foram obtidas nas dependências do laboratório de saneamento ambiental do departamento de química da Universidade Estadual da Paraíba, na cidade de Campina Grande, em uma balança determinadora de umidade do tipo INFRARED MOISTURE BALANCE - BEL ENGINEERING. Foram analisadas amostras de 5,00g  0,01 da casca triturada, em temperaturas de 90, 95, 100, 105 e 110 ºC. A fundamentação para o estudo da cinética isotérmica é dada pela equação de Arrhenius, K = A e- (E/RT); a função f() indica o mecanismo que a reação se processa. A determinação dos parâmetros cinéticos isotérmicos (constante de velocidade, coeficiente de correlação e desvio padrão) foi feita pelo programa de regressão linear por mínimos quadrados Calibra e os que melhor se adequaram aos dados experimentais, de acordo com o maior coeficiente de correlação e menor desvio padrão, foram selecionados para realizar os cálculos e encontrar os parâmetros cinéticos, através da equação de Arrhenius de forma linearizada, lnK = lnA - E/RT.
RESULTADOS:
Os modelos que melhor se ajustaram aos dados experimentais foram R3, D1, AM4 e F1. Através destes modelos foram obtidas as constantes de velocidade, os coeficientes de correlação linear e os desvios padrões para cada temperatura analisada, entre as curvas teóricas e experimentais. De acordo com o gráfico lnK versus 1/T, os valores do coeficiente de correlação linear de R3, D1, AM4 e F1 foram de 0,9634; 0,9597; 0,9624 e 0,9563, respectivamente. Dessa forma, o modelo escolhido foi o R3 cujo valor da energia de ativação e fator de freqüência foi de 40,3919 kj mol-1 e 320,1853 s-1, respectivamente.
CONCLUSÕES:
Nas condições deste experimento, o modelo que melhor se ajustou aos dados experimentais da casca foi o modelo R3, devido apresentar o maior coeficiente de correlação linear. Portanto, este modelo, representará a cinética de secagem da casca de banana prata (Musa Sapientum), modelo este baseado em modelos geométricos com crescimento nuclear tridimensional e simetria esférica.
 
Palavras-chave: cinética isotérmica; energia de ativação; banana prata.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006