A partir da década de 80 os Planos Econômicos implementados na Economia Brasileira tiveram como objetivo principal a estabilidade de preços, dentre tais planos o mais eficiente foi o Plano Real. Em decorrência do efeito da estabilidade de preço na renda real este estudo se propõe a analisar e verificar a qualidade de vida da população brasileira dentro da mudança de moeda ocorrida em meados dos anos 90 onde o Cruzeiro Real foi trocado pelo Real, comparando dados dos anos anteriores a nova moeda com os anos posteriores - período de 1984 a 2004 - da criação do real. Visando principalmente a evolução do consumo brasileiro no decorrer destes.

Baseando-se nos dados analisados, pudemos observar que com a chegada do plano real, houve mudanças significativas nos hábitos de consumo da população, por exemplo, a substituição do leite pelo iogurte cujo consumo per capita em 2003 chegou a 3 litros enquanto em 1974 este era de apenas 360g, outro produto que apresentou aumento no consumo foi a água mineral saindo de 320g para 18,5kg no mesmo período. O consumo difere quanto às áreas urbanas e rurais, nas cidades os produtos mais consumidos são: leite, pão francês, arroz, frango e carne bovina. No campo o consumo é composto prioritariamente por arroz, feijão, farinha de mandioca, açúcar cristal e frango. A média de gasto dos brasileiros em 2003 era de R$1.778,03, já os rendimentos médios foram de R$1.789,66. é importante ressaltar que as famílias, independente do nível de salários, geralmente gastam mais do que recebem.

Pôde-se perceber que com a implantação de uma nova moeda no Brasil, o Real, houve uma melhora significativa do padrão de vida da população, acompanhada de uma intensificação do consumo, devido às vantagens que este trouxe além da situação conjuntural favorável ao crescimento da economia. Observou-se também uma desproporção entre o que é recebido e o que é gasto pelas famílias brasileiras, há uma tendência em quase todas as regiões do país, independente do nível de renda, de um déficit no orçamento familiar.