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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: NOVOS PARADIGMAS DA PRÁTICA DOCENTE
Viviane Leite Lucas de Azevedo 1
Suelen Barbosa  1
Fabrícia Vellasquez  2
Vera Cunha 3
Marta Lima Rego  4
Raquel Villardi  5
(1. Faculdade de Educação – UERJ; 2. Instituto de Letras - UERJ; 3. Pesquisadora Voluntária; 4. Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana/ UERJ; 5. Profª do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana/UERJ)
INTRODUÇÃO:
Esta pesquisa, intitulada “Aprendizagem na EAD: paradigmas para formação de professores em rede”, coordenada pela Profª Raquel Villardi e inserida no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – PROPED, consiste no aprofundamento do estudo das bases sobre as quais se alicerçam a aprendizagem a distância, mediada por sistemas computacionais em rede, e no aprimoramento de uma metodologia com suporte multidisciplinar, a partir da qual as várias dimensões do processo possam ser planejadas, experimentadas e avaliadas. O objetivo da pesquisa é estabelecer um conjunto de elementos que precisam ser priorizados, tanto na arquitetura e no uso dos sistemas, quanto na elaboração e na utilização do material didático, de modo a oferecer experiências de aprendizagem colaborativa que se traduzam como avanço cognitivo para os alunos.
METODOLOGIA:
: Para tanto foi realizada uma pesquisa quantitativa junto a alunos dos cursos de extensão a distância do Consórcio formado pelas Universidades Públicas do Estado do Rio de Janeiro e o Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (CEDERJ). O levantamento foi feito nos pólos Maracanã, Paracambi, Volta Redonda e São Pedro da Aldeia, compreendendo as áreas de conhecimento: Matemática, Informática, Biologia e Geografia. Cabe ressaltar que todos os alunos, isto é, o público-alvo da pesquisa, são docentes. Objetivando avaliar o escopo e a configuração dos cursos, os questionários foram estruturados tanto com respostas fechadas quanto com abertas, abrangendo os pontos positivos, os negativos e outros comentários sobre os cursos. Os dados apurados foram armazenados em um sistema de banco de dados (plataforma Microsoft Access), no qual foram definidas, após criterioso levantamento, palavras-chaves, distintas por categorias, para organização e classificação dos pontos positivos e negativos verificados, a fim de abarcar todos os itens dos questionários. O conteúdo dos comentários foram armazenados de forma literal, assegurando a fidelidade aos respondentes.
RESULTADOS:
A partir dos resultados obtidos e inseridos no sistema, foram gerados consultas e relatórios capazes de efetuar cruzamentos de dados distintos por: pólo, curso, pólo e curso, pontos positivos e negativos e comentários. Assim, pôde-se perceber, como pontos positivos, a viabilidade da educação continuada utilizando material didático atualizado e de boa qualidade e a flexibilização dos horários de estudo de acordo com as disponibilidades do aluno. No entanto, a relação a distância com o tutor foi apontada como um aspecto negativo, considerando sua dificuldade de interagir de formas diferentes do modelo que vivenciaram como alunos e reproduzido nas suas práticas docentes. Dentre outros pontos que merecem maior atenção, foram apontados a falta de espaço dos pólos e o insuficiente número de equipamentos para atender à demanda de alunos. A pouca participação nos chats e nos fóruns também foi aventada como um aspecto negativo dos cursos.
CONCLUSÕES:
A EAD vem se modificando para que esse modelo de formação continuada proporcione ao aluno um ensino de qualidade, flexível e totalmente interativo, centrado na construção do conhecimento em ambientes virtuais. Até aqui, constatamos que algumas barreiras colocadas à EAD estão caindo. Contudo, entendemos que ainda se tem muito a fazer nesse sentido. Embora o fator quantitativo seja absolutamente relevante, um outro, o qualitativo, deve ocupar o centro das nossas reflexões e de nossos estudos. Como esta pesquisa ainda está em processo, acreditamos que somente a partir de entrevistas em semiprofundidade com egressos conseguiremos verificar, efetivamente, o impacto dessa nova tecnologia no aprendizado e na formação profissional e pessoal desses alunos/professores.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Educação; Formação de Professores; Educação a Distância.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006