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B. Engenharias - 1. Engenharia - 3. Engenharia Civil
ESTUDO LABORATORIAL DE DOSAGEM MARSHALL DE MISTURAS EM CONCRETO ASFÁLTICO CONSIDERANDO O TIPO DE LIGANTE E O TEOR DE FINOS
Thiago de Matos Rozek 1
Fábio Hirsch 2
Luciano Pivoto Specht 3
(1. Graduando Engenharia Civil / UNIJUI - Bolsista PIBIC/CNPq 2005/2006; 2. Graduando Engenharia Civil / UNIJUI - Bolsista BIC/FAPERGS 2005/2006; 3. Orientador / Professor Doutor do Departamento de Tecnologia da UNIJUI)
INTRODUÇÃO:
Os pneus possuem papel fundamental e indiscutível em nossa vida diária, tanto no transporte de passageiros como no transporte de cargas. Estes pneus quando inservíveis acarretam uma série de problemas: são de degradação lenta (400 a 800 anos), são incomodamente perceptíveis e volumosos e necessitam de condições apropriadas de armazenamento e deposição. As obras de engenharia civil, por utilizarem grandes quantidades de material, desenvolvem importante papel na utilização de diversos resíduos, esta possibilidade tem motivado o desenvolvimento de tecnologias capazes de reutilizar estes pneus em obras de pavimentação. Podemos definir pavimento como uma estrutura formada por múltiplas camadas capazes de suportar a ação danosa do tráfego e do meio ambiente; as camadas de revestimentos incluem componentes de alto custo e merecem atenção especial. Dentre os fatores que influenciam o desempenho de uma camada asfáltica pode-se citar: características dos materiais, dosagem, condições de compactação, processo construtivo e plano de manutenção e restauração. O objetivo deste trabalho é estudar comparativamente misturas asfálticas preparadas com ligante convencional e asfalto-borracha e que estão, atualmente, sendo aplicados em diversas rodovias do país, bem como a influência do teor de finos (passante #200) - 4%, 7% e 9% nas características das misturas.
METODOLOGIA:
No Brasil, os projetos de misturas asfálticas são feitos quase que exclusivamente em acordo com a metodologia Marshall, este método foi desenvolvido na década de 30 por Bruce G. Marshall, do Departamento de Transporte do Estado do Mississipi nos Estados Unidos. Os projetos das misturas asfálticas foram feitos em acordo com este método de dosagem de misturas asfálticas que consiste na moldagem por compactação a quente de uma série de corpos-de-prova com diferentes percentagens de ligantes, dentro de moldes cilíndricos metálicos que são armazenados, ao ar livre, durante 24 horas; em seguida, esse corpos-de-prova são imersos num banho à 60ºC; a seguir retirados do banho e, imediatamente, submetidos a uma compressão diametral, aplicada por uma prensa, através de um molde de compressão cilíndrico, idealizado por Marshall. O valor da carga máxima suportada pelos corpos-de-prova é conhecido como estabilidade Marshall e a deformação de ruptura de fluência, além destes dois parâmetros são também, calculados a densidade, o volume de vazios, vazios dos agregados minerais e a relação entre vazios do agregado mineral e preenchidos por betume. O critério adotado para determinação do teor de ligante de projeto foi o volume de vazios de 4%.
RESULTADOS:
O consumo de ligante aumenta em aproximadamente 30% quando o CAP 50/60 é substituído por asfalto-borracha; o aumento do teor de finos reduz o teor de ligante de projeto para misturas convencionais e, para misturas com asfalto-borracha não há alteração significativa. Os valores de estabilidade praticamente não se alteram com a mudança de tipo de ligante, o aumento do teor de finos aumenta os valores de estabilidade. Os valores de fluência praticamente não se alteram com mudança do tipo de ligantes e teores de finos.
CONCLUSÕES:
A utilização de asfalto-borracha eleva o consumo de ligante de projeto. Tal fato deverá ser levado em conta no levantamento de custos de cada alternativa de projeto. O aumento do teor de finos aumenta os valores de estabilidade, ou seja, aumenta a resistência da mistura. Sob a ótica ambiental a utilização de pneus inservíveis em misturas asfálticas é uma técnica viável e com possibilidades de redução do passivo ambiental gerado pela deposição irregular de pneus.
Instituição de fomento: CNPq - PIBIC e FAPERGS - BIC
Trabalho de Iniciação Científica  
Palavras-chave: Pavimentação asfáltica; Meio ambiente; Asfalto-borracha.
Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006