G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil
A METAMORFOSE E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL – UM PROCESSO DE INTERAÇÃO, SOCIALIZAÇÃO, CRIATIVIDADE E IMAGINAÇÃO DA CRIANÇA.
Ione Rodrigues do Carmo Damascena1
1. Prefeitura do Município de São Paulo - Secretaria da Educação CE Penha
INTRODUÇÃO: A Educação Infantil desempenha um papel primordial no desenvolvimento integral das crianças, possibilitando encontrar respostas por si mesmas, para suas indagações e oportunizando situações desafiadoras e criativas. O saber das crianças pela observação da transformação de uma lagarta, vividas por elas, é o interesse desse projeto e pesquisa que busco contribuir a consolidação da Pedagogia da Educação Infantil. O trabalho foi realizado no ano de 2006 com crianças de 4 – 5 anos do 2º estágio da educação infantil.
O fundamental desse projeto é que as crianças sejam incentivadas em sua curiosidade e que procurem satisfaze-la de forma observativa e investigativa, utilizando-se dos conhecimentos trabalhados para orientar suas ações no dia-a-dia. O projeto é ligado a sua realidade, nos quais eles tenham de resolver desafios concretos, o que poderá incentivá-las, levando-os à percepção da importância do trabalho coletivo, socializando, interagindo e criando suas habilidades.
O desenvolvimento do projeto tem os objetivos: realização da observação concreta do animal, para conhecer e perceber transformações em um determinado tempo realizando diferentes leituras; despertar o interesse em viver de bem com os bichinhos do jardim, consequentemente preservando a natureza.
METODOLOGIA:Os diferentes espaços sociais de educação "ecossistemas educativos" vêm sendo propostos como novos espaços-tempo de produção de conhecimentos necessários para a formação de cidadanias ativas na sociedade (Candau 1995)
Iniciando com a construção de um terrário coletivo. Na seqüência as crianças farão o plantio de mudas e a colocação de bichinhos de jardim, como tatu-bola, joaninha e a lagarta.
A experiência foi realizada em dois processos: primeiramente com a construção e o plantio no terrário e o objeto de estudo a lagarta. Horas depois percebeu que a lagarta havia desaparecido então, foi quando se descobriu que ela havia se enterrado. No dia seguinte teve-se oportunidade de ver um pequeno orifício na terra e a cabeça do animal. Esse momento foi registrado em vídeo. Com o fato da lagarta se enterrar, no primeiro processo, não foi possível observar as fases da metamorfose, então foi realizada nova experiência colocando uma lagarta em um vidro grande, sem terra, só com algumas folhas. A cada novidade realizava-se uma roda de conversa com registros das falas, do tempo e das conclusões obtidas.
A passagem do tempo foi registrada no calendário da sala e no próprio vidro do aquário, no qual se escreveu as datas mais importantes.
RESULTADOS:No segundo processo a lagarta ficou exposta pode-se observar a formação do casulo possibilitando ver uma lagarta que, era verde e preta, ficar amarronzada com aparência de estragando e de repente, ficar toda verde e, no dia seguinte, ficar marrom, mostrando a transformação.
Os alunos sempre olhavam para o vidro e para o aquário em busca de novida-des no decorrer dos dias. Infelizmente, o final de semana impossibilitou a observação do nascimento da borboleta. Na segunda-feira foi encontrada uma grande "borboleta" dentro do terrário. Com pesquisas descobriu-se que se tratava de mariposa e não borboleta, através da observação e comparação de uma borboleta capturada no jardim da escola com uma asa machucada, impossibilitada de voar e que, foi colocada no terrário, facilitando assim a observação de dois tipos de insetos que realizam metamorfose. Após dez dias nasceu a mariposa do segundo processo.
Após a observação concreta dos dois insetos foi realizada uma roda de conversa para tomada de conclusões, em um processo dinâmico, produtivo e enriquecedor.
Este fato despertou o interesse dos alunos e levou a mais pesquisas.
CONCLUSÕES:A realização deste trabalho favoreceu a compreensão das atividades que envolvem a participação ativa dos alunos em experiências que partem do interesse coletivo tornam-se mais produtivas, criativas e enriquecedoras.
Durante o processo não é possível calcular tempo de duração, planejar antecipadamente atividades a serem desenvolvidas, visto que ele decorre de acordo com a vontade e interesse do aluno e não do professor, cabendo a este, despertar a curiosidade, direcionar o interesse e conduzir os alunos na construção do seu conhecimento.
O papel da imagem deve ser destacado, busca informações da observação e interpretação. Desenvolvendo um sentido estético e seu potencial informativo. O professor pode aproveitar como fonte complementar, discutindo aquilo que elas transmitem com os alunos.
Experiências Inovadoras de Educação em CiênciasPalavras-chave: Educação Infantil, Educação Ambiental, TransformaçãoE-mail para contato: iodamascena@ig.com.br |
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