60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

Muitas tentativas de mensurar o desenvolvimento de forma menos distorcida são feitas e refeitas dentro da literatura econômica. A criação de índices e indicadores de desenvolvimento é muito freqüente. Mas visualizar a distribuição no terreno desse desenvolvimento ou da pobreza é importante para que políticas públicas direcionadas sejam tomadas. Logo depois do inicio dos anos 90, ano que o IDH foi criado, algumas variações desse indicador vem sendo testadas. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), Índice de Pobreza Humana (IPH) e Índice de Pobreza Humana Municipal (IPH-M). Existem também outros tipo de indicadores que tentam mensurar o desenvolvimento construído por estados, é o caso do Índice Paulista de Responsabilidade social (IPRS) e Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS). Neste trabalho, serão empregados e criados indicadores de desenvolvimento e pobreza, a nível municipal, aplicando-se a Sergipe.

METODOLOGIA:

A metodologia utilizada no trabalho foi uma contextualização histórica de desenvolvimento, diferenciando crescimento de desenvolvimento. Depois a contextualização da pobreza. Logo após foram escolhidos os indicadores a ser construídos e georeferenciado. Foram escolhidos índices e indicadores que melhor retratem o desenvolvimento e a pobreza dos municípios. Os indicadores utilizados para o desenvolvimento dessa pesquisa foram baseados na metodologia utilizada pelo Índice de Desenvolvimento Humano. Foram utilizados o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), o Índice de Acesso à Educação (IAE) e Indicador de acesso a serviços básicos (IASB), como base para mensurar o desenvolvimento. O índice de Gini, Indicador de Carência Educacional (ICE) e Indicador de Pobreza Municipal (IPM) foram utilizados para mostrar a pobreza dos mesmos municípios. Para o gereferênciamento foi adotada a seguinte metodologia, foram divididos os indicadores em 5 níveis diferentes, e feito uma escala de cores onde os mais claros representam os piores indicadores e os mais escuros os melhores. Atentando para que não fosse relacionada à cor com a escala de valores, mas de importância

RESULTADOS:

Mesmo mostrando uma evolução no IDH-M, na década de 90, os municípios sergipanos apresentam apenas índices de um “Bom” desenvolvimento humano, mas nem um dos 75 municípios sergipanos conseguiu atingir altos índices de IDH. Itaporanga D’Ajuda destacou-se por apresentar um aumento de aproximadamente 35,5% no período, seguido de Indiaroba, com 34,1%, sendo os municípios que apresentaram um melhor desempenho nesse período. Os municípios apresentam-se equilibrados em relação à capacidade de facilitar o acesso à educação, seja nas séries iniciais como também no ensino superior. Os municípios com menor grau de desigualdade de renda são os municípios de São domingos e Riachão do Dantas. Desde 1991 alguns municípios estão mais distantes da pobreza, Aracaju e Itabaiana, são exemplos. O número de pobres e indigentes nessas cidades, representam a necessidade de muitos municípios sergipanos se desenvolvam, e que façam esse desenvolvimento chegar para todos. Cidade como São Cristóvão, Própria e Santo Amaro das Brotas, mostrou uma diminuição do Indicador de pobreza em mais de 20%.

CONCLUSÕES:

Os municípios de Sergipe não se apresentam em um elevado estágio de desenvolvimento, mas com a evolução acentuada, apresentada durante toda a década de 90, é observada algumas potencialidade entre os municípios.O perigo do desenvolvimento é quando ele traz consigo a má distribuição de renda, miséria, fome, falta de moradia e muitos outros transtornos que a pobreza engloba. Portanto, em suma, a análise dos dois lados da moeda, ou seja, desenvolvimento e pobreza são importantes para que o diagnóstico da situação socioeconômica dos municípios seja deturpado por falta de analises mais profundas.

Palavras-chave: Indicadores de Desenvolvimento, indicadores de pobreza, desenvolvimento de sergipe

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