60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

As β-lactamases são enzimas capazes de hidrolizar o anel β-lactâmico das penicilinas, cefalosporinas e outros antimicrobianos relacionados, tornando-os inativos pela hidrólise do anel β-lactâmico, entretanto essas enzimas são inibidas por compostos como ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam. Essas bactérias podem produzir uma grande variedade de enzimas e destacam-se pela produção de enzimas de amplo espectro (ESBL) que é o mecanismo de resistência mais comum as cefalosporinas. A produção de β-lactamases é um dos principais mecanismos de resistência em bactérias Gram-negativas, por estarem associadas a infecções comunitárias, hospitalares ou ainda oportunistas, possuem grande importância microbiológica e médica. O aumento na incidência destas e o tratamento aplicado muitas vezes ineficiente, leva a necessidade da busca de novos medicamentos. Produtos naturais têm sido a maior fonte de sucesso para a descoberta de novos agentes terapêuticos. Estudos sobre atividade biológica de extratos de plantas têm apresentado resultados significativos, apresentando atividades antimicrobianas, analgésicas, tripanocida, dentre outros. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana do ácido ursólico e ácido oleanólico frente a isolados de enterobactérias produtoras de ESBL.

METODOLOGIA:

Utilizou-se neste estudo as substâncias isoladas do extrato etanólico de Miconia rubiginosa, os ácidos ursólico e oleanólico frente a enterobactérias (isolados clínicos) com perfil de sensibilidade para a produção de enzimas de amplo espectro e uma cepa padrão ATCC-700603. A avaliação da atividade antibacteriana foi realizada pela determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em caldo. Os experimentos foram realizados nas concentrações de 350 μg/mL a 2000 μg/mL.

RESULTADOS:

As substâncias pesquisadas apresentaram concentração superior a 2000 μg/mL. Para todos os isolados clínicos testados, inclusive para a cepa padrão ATCC-700603.

CONCLUSÕES:

Estes resultados demonstram que essas substâncias não apresentaram atividade antibacteriana frente a enterobactérias produtoras de ESBL, na concentração máxima avaliada. Deixando evidente a necessidade da realização de novas pesquisas na busca por outras substâncias capazes de inibir essa forma de resistência bacteriana que é um desafio à medicina e as terapêuticas atuais.

Instituição de fomento: FAPESP

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: ESBL, atividade antibacteriana, substâncias isoladas

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