60ª Reunião Anual da SBPC




F. Ciências Sociais Aplicadas - 10. Comunicação - 65. Comunicação e Educação

COMUNICAÇÃO EM SALA DE AULA: CARTILHA EDUCATIVA COMO INSTRUMENTO DE SENSIBILIZAÇÃO DE ALUNOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO QUANTO AO CONSUMO RACIONAL DE MEDICAMENTOS, ALIMENTOS E PRODUTOS PARA A SAÚDE.

Aline Cristina Ribeiro Alves1
Aline Maciel de Carvalho2
Leonel Ramonnd Ferreira Viana3
Luana Lemos4
Mariana Apocalypse Eça de Queiroz1
Antonio Carlos Romão Borges5

1. Depto. de Comunicação Social / UFMA
2. Depto. de Direito / UFMA
3. Depto. de Odontologia / UFMA
4. Depto. de Comunicação Social / Faculdade São Luís
5. Depto. de Ciências Fisiológicas / UFMA / Prof. Dr. / Orientador


INTRODUÇÃO:
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA-GPROP) em parceria com Universidade Federal do Maranhão - UFMA promove, durante o ano de 2008, a III Fase do Projeto de Monitoração de Publicidade e Propaganda de Produtos sob Vigilância Sanitária. Integrada ao plano de atividades dessa edição do Projeto, a produção da cartilha didática pretendeu levar, no período de janeiro a março deste ano, durante a sua prática em sala de aula, a discussão do uso racional de medicamentos, alimentos e produtos para a saúde aos estudantes do ensino fundamental da Unidade Integrada Carlos Madeira - Anexo Alberto Pinheiro (rede municipal de ensino), com abordagem e linguagem adequada para cada nível. Essa proposta de trabalho voltada para a juventude tornou-se relevante ao se considerar que além dele se constituir em evidente alvo das práticas midiáticas de incentivo ao consumo dos temas abordados no conteúdo da cartilha, é também importante difusor em seu meio social das idéias e conceitos que compõem o material educativo.

METODOLOGIA:
A faixa etária dos 12 aos 14 anos de idade foi a eleita para o desenvolvimento desse projeto de educação. Nessa fase da vida, o adolescente passa por mudanças físicas, emocionais e sociais e está suscetível aos modismos impostos pelos veículos de comunicação. Em face desse contexto, dois subtemas fizeram parte da abordagem: educação sexual (medicamentos como o Viagra, estimulantes sexuais, métodos contraceptivos) e estética (produtos emagrecedores e anabolizantes). A cartilha teve como mote personagens de fácil identificação pelo público jovem, estabelecendo um diálogo crítico com os estudantes. O roteiro de aplicação da cartilha desenvolveu-se através das seguintes etapas: o contato inicial teve o intuito de obter o perfil desses adolescentes, seu nível de conhecimento em torno do assunto. Em seguida, foi feito um trabalho de identificação e manuseio do material didático. O último procedimento foi a realização da parte prática do projeto. Os alunos foram estimulados a interagir com os temas abordados, participando de um quiz com perguntas e respostas, além de atividades manuais (pintura, confecção de cartazes para apresentação em grupo).

RESULTADOS:
Como forma de desdobramento deste projeto de educação nas salas de aula, a escola envolvida, em parceria com a equipe da Fase III, programou uma mostra expositiva a fim de que os demais alunos e comunidades do entorno pudessem ter acesso às temáticas discutidas e vivenciadas durante as etapas acima descritas. Esta experiência serviu como válvula propulsora para que se discutisse conjuntamente assuntos tão pouco debatidos no cotidiano dos estudantes, embora se tenha real noção do quanto eles são pautados pela mídia e a sua capacidade de persuasão. A mostra foi composta pelo material produzido nas atividades que tratavam da cartilha, além da exposição aos visitantes no formato stand. No total, cerca de 500 pessoas foram contempladas por este projeto de educação, incluindo alunado e público em geral.

CONCLUSÕES:
A iniciativa de pautar o uso racional de medicamentos, alimentos e produtos para a saúde representou um elemento novo no contexto escolar, ao se considerar que a comunidade passou a atuar como agente transformador, ao invés de mero receptor do campo publicitário. A construção de uma consciência crítica a respeito do consumo dos produtos colocados em questão na cartilha faz perceber que a comunicação e seus suportes são essenciais no processo de educação de jovens ao passo que eles se tornaram multiplicadores do conhecimento, levando a temática para além da política intra muros.

Instituição de fomento: Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA - em convênio com a UFMA.



Palavras-chave:  mídia e adolescência, cartilha educativa, publicidade

E-mail para contato: pracrisribeiro@yahoo.com.br