60ª Reunião Anual da SBPC




D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia

AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE ANTIDEPRESSIVOS E ANSIOLÍTICOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS HOSPITALIZADOS

Jahamunna Abrantes Andrade Barbosa1
Lindomar de Farias Belém2
Ivana Maria Fechine Sette3
Gustavo José da Silva Pereira4
Edilson Dantas da Silva Junior4

1. Graduando - Curso de Farmácia/UEPB
2. Prof. Dr. Orientador - Departamento de Farmácia/UEPB
3. Profa. Dra. Co-Orientadora - Departamento de Farmácia/UEPB
4. Colaborador - Curso de Farmácia/UEPB


INTRODUÇÃO:
A monitorização e segurança de medicamentos são elementos essenciais para o uso efetivo de medicamentos e para a assistência médica de alta qualidade. Sempre que se prescrevem ou recomendam fármacos, existe risco potencial de reações adversas. Segundo a OMS reação adversa (RAM) é “qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional a um medicamento, que se manifesta após a administração de doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico e/ou tratamento de doenças ou para modificação da função fisiológica”. As drogas antidepressivas são utilizadas para distúrbios do humor, perturbações do estado emocional. Os ansiolíticos são utilizados no tratamento da ansiedade, que primariamente não é doença ou sintoma de doença, mas sim uma emoção básica, essencial ao desempenho adequando do homem. Porém, estas classes medicamentosas costumam ter efeitos colaterais relacionados principalmente à ação anticolinérgica. Este estudo foi realizado a fim de detectar os riscos que estão implícitos no manejo de antidepressivos e ansiolíticos.

METODOLOGIA:
Realizou-se a pesquisa no Centro de Cancerologia Dr. Ulisses Pinto da Fundação Assistencial da Paraíba- FAP. Caracterizando-se como um estudo transversal quali-quantitativo, a amostra foi constituída de 30 sujeitos que estiveram sob tratamento com antidepressivos e/ou ansiolíticos durante o período de setembro de 2007 a fevereiro de 2008 . Realizou-se análise dos prontuários dos pacientes, além de entrevistas com os mesmos a fim de detectar possíveis RAM’s. Houve um termo de compromisso livre e esclarecido, que foi assinado pelo pesquisado e pesquisadores, conforme recomendam as diretrizes regulamentadoras emanadas da Resolução nº 196/96.

RESULTADOS:
A maioria dos pacientes entrevistados que utilizaram antidepressivos e/ou ansiolíticos foi do gênero masculino. O tempo de uso do antidepressivo e/ou ansiolítico, além de outras condições importantes foram analisados, no caso das patologias crônico-degenerativas preexistentes, estas podem corroborar como riscos para o tratamento. A maioria dos pacientes, possuía entre 60 e 80 anos. Foram relatados 164 sintomas de possíveis reações adversas, dos quais 79 são prováveis a antidepressivos triciclicos e/ou ansiolíticos. Foi detectado o uso de 258 medicamentos concomitantemente com ao de antidepressivos e/ou ansiolíticos, em média 8,6 medicamento por paciente.

CONCLUSÕES:
Conclui-se que, é importante uma prescrição adequada, que considere o estado clínico, minimize o número de medicamentos, evitando assim possíveis interações medicamentosas e maiores possibilidades de reações adversas, e que seja iniciada com pequenas doses e adequando-as conforme a necessidade do paciente. Os estudos farmacoepidemiológicos e de farmacovigilância são importantes para determinar, além da incidência de RAM, os fatores de risco para sua ocorrência.

Instituição de fomento: CNPq

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Antidepressivos, Ansiolíticos, Reações Adversas

E-mail para contato: jamunauepb@yahoo.com.br