60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

As atuais configurações do sistema capitalista tendem a transformar as relações entre os homens em mercadoria. Assim, cabe analisar o comportamento da sociedade perante o fetiche da vida humana no campo da sexualidade no momento em que ocorre o investimento na legalização do serviço sexual da mulher prostituta. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é analisar a prostituição enquanto uma questão social e suas representações midiáticas na sociedade brasileira contemporânea.

METODOLOGIA:

Partimos da leitura e análise bibliográfica sobre prostituição e sexualidade na atualidade, assim como de obras sobre sociologia do trabalho em que são analisados os efeitos do avanço do capital sobre a “Indústria do Sexo”. Além disso, analisamos diversas imagens divulgadas nas mídias televisivas, jornalísticas e virtuais que divulgam imagens com conteúdo sexual induzindo a prática do sexo e a prostituição

RESULTADOS:

A parti da análise bibliográfica e das representações midiáticas sobre o sexo e prostituição constatamos que um elevado índice de exposição de imagens de conteúdo sexual através das mídias analisadas pode induzir práticas sexuais. Além disso, percebe-se um incentivo dado a precoce inicialização sexual das crianças e dos adolescentes, além da naturalização da prostituição. Outrossim, constatamos ainda o fomento da indústria do sexo representa a prostituição como um fetiche da vida moderna, transformando dessa forma, as relações sexuais em relações comerciais. Da mesma forma, as mídias analisadas são usadas, em certos casos, como meios de divulgação e fomento do consumo das mercadorias da chamada “Indústria do Sexo”. Percebemos ainda que a exibição de imagens do corpo, com maior freqüência da mulher, como mero objeto de desejo e prazer é prática comum. Dessa forma, consideramos que a propagação da “Indústria da Prostituição” pelos meios midiáticos é mais uma questão social surgida da atual configuração do mundo capitalista em que o corpo e o sexo não são mais que produtos expostos na vitrine do mercado.

CONCLUSÕES:

As mídias aqui analisadas, entendida em sua função de propagação de representações, divulgam, em larga escala, a prática do sexo enquanto um produto necessário à sociedade contemporânea. Destarte, no mundo da informação, em que esta também é tratada como mercadoria, ocorre o processo de mercantilização da vida em que o corpo é reduzido a objeto de desejos e a prostituição em um mercado em ascensão.

Palavras-chave: Questão Social, Prostituição, Mídia

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