60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

As quedas são eventos relativamente comuns entre os idosos e apresentam causa importante de lesão, incapacidade e morte. Estudos sobre taxas de quedas mostram que em instituições de longa permanência estão os maiores índices quando comparadas à comunidade e hospitais. Comumente os idosos institucionalizados possuem maior incidência de quedas devido a distúrbios da marcha e equilíbrio, fraqueza muscular, tontura, vertigem, confusão mental, além de outras causas ligadas a doenças e drogas específicas. O risco ambiental passa a ter importância secundária nesses pacientes, já que muitas instituições têm como objetivo a segurança de suas instalações. Para manter um controle postural seguro o organismo humano recorre, principalmente, a três sistemas: o somatosensitivo, o vestibular e o visual. No idoso, muitos fatores contribuem para romper a eficácia desses sistemas, comprometendo o equilíbrio estático e dinâmico. A morbidade importante a partir das quedas inclui fratura do quadril e lesões de tecidos moles que implicam em imobilização e hospitalização. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o equilíbrio de idosos institucionalizados através da escala de equilíbrio de Berg e determinar o risco de quedas.

METODOLOGIA:

O trabalho consiste num estudo quantitativo, descritivo e transversal, sendo a amostra determinada previamente. Foram avaliados 20 idosos institucionalizados de ambos os sexos, sendo 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino, com idade média de 72,45 anos ± 10,37. Para a avaliação do equilíbrio foi utilizada a escala de equilíbrio de Berg que consiste em 14 tarefas que podem ser graduadas de 0 (incapacidade de realizar a tarefa) a 4 (equilíbrio normal), e seu escore pode variar de 0 (equilíbrio severamente prejudicado) a 56 (equilíbrio inalterado). Para realizar o teste é necessário o uso da escala e um relógio; com duração de aproximadamente 15 minutos para ser realizado por completo. A escala de equilíbrio de Berg foi projetada para ser facilmente aplicada, sendo uma medida simples, segura e rápida para avaliar o equilíbrio em pessoas idosas, simulando algumas situações do cotidiano como apanhar um objeto no chão e realizar transferências.

RESULTADOS:

O escore da amostra variou de 34 a 53 pontos e média igual a 45,25 ± 5,65. Em relação ao risco de queda, 10 dos avaliados, com idade média de 69,3 anos, apresentaram baixo risco de queda; 8, com idade média de 73,8 anos, obtiveram risco médio; e dois, com idade média de 82,5 anos, com alto risco de queda (escore abaixo de 36). Verifica-se então a influência do avançar da idade na possibilidade de queda no idoso, ou seja, quanto maior a idade do indivíduo, maior o risco de sofrer quedas. Ao analisar os resultados através do teste T-Student ao nível de significância de 1% (p≤0,01), não foi encontrada diferença estatística dos escores entre os sexos.

CONCLUSÕES:

Os resultados encontrados neste estudo constatam, no geral, alteração moderada no equilíbrio dos avaliados, porém verifica-se também alteração mais severa no equilíbrio de alguns idosos, estando estes sujeitos a um valor próximo de 100% de possibilidade de queda. Fazem-se necessárias medidas voltadas para a prevenção das mesmas, visto que apresenta grande causa de mortalidade e morbidade.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: equilíbrio corpóreo, idosos, quedas

E-mail para contato: josec.junior@hotmail.com