60ª Reunião Anual da SBPC




F. Ciências Sociais Aplicadas - 7. Planejamento Urbano e Regional - 4. Fontes de Dados Demográficos

REFLEXOS DA EXPANSÃO URBANA NO PLANEJAMENTO ESPACIAL DE FEIRA DE SANTANA (BA): 1970-2007

Alex de Souza Silva1
Liliane Ferreira Marinho da Silva1

1. Universidade Salvador (UNIFACS)


INTRODUÇÃO:
A partir da década de 1970 e, especialmente, com a hegemonia do modelo global de desenvolvimento, profundas transformações marcaram o processo brasileiro de urbanização. Com efeito, seus desdobramentos espaciais deixaram marcas nas estruturas dimensionais, funcionais e espaciais das cidades, tais como: evolução dos dados demográficos; desenvolvimento e diversificação econômica; organização espacial intra-urbana e no papel das interações mantidas com outras cidades. Nesta esteira, o objetivo dessa pesquisa é explicitar os principais reflexos da expansão urbana no planejamento espacial do município de Feira de Santana (BA), entre 1970 a 2007.

METODOLOGIA:
Análise e interpretação de dados utilizados ao longo dessa investigação pautaram-se na Pesquisa Bibliográfica, constituindo-se em uma importante ferramenta metodológica capaz de evidenciar as mudanças significativas na apropriação diferenciada do espaço urbano feirense.

RESULTADOS:
Feira de Santana em virtude de sua posição estratégica, em relação aos eixos rodoviários, BR’s 324 e 116, bem como as BA’s 501, 502 e 503, desde 1930, assumiu uma articulação regional e nacional.Com esse efeito nodal, atrelado à existência de outros fatores, possibilitaram que em 1970, fosse edificado o primeiro distrito industrial do interior do Estado da Bahia, o Centro Industrial do Subaé (CIS). Consequentemente, esta intervenção espacial, atrelada a outras inferências, potencializaram mudanças profundas na sociologia urbana da cidade impulsionando, entre outros fatores, crescimento populacional, ritmo de urbanização e exclusão econômica. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), entre 1970 e 2007, a população do município saltou de 187.290 para 571.997, incorporando um conjunto de conseqüências qualitativas ao urbano, tais como novas relações econômicas, sociais e culturais. Entretanto, apesar do município, no período em análise, ter presenciado fases de ampliação, diversificação e desaceleração da produção material, pecuária e industrial e fomento não-material, comércio atacadista/varejista e prestação de serviços, o crescimento da cidade não ocorreu de forma planejada, nos seus aspectos físicos, econômicos e sociais.

CONCLUSÕES:
De acordo com os resultados obtidos, o presente estudo apontou que entre 1970 e 2000, não foi implantando um planejamento estratégico para organização do espaço urbano feirense, capaz de emergir temas como a função social da cidade, justa distribuição de bens e serviços, gestão democrática e ambiental, entre outros elementos legais atrelados a sua importância nodal. Entretanto, urge a necessidade de se implantar uma reforma urbana alicerçada ao conjunto de funcionalidades que atendam às interações espaciais desempenhadas pelo município de Feira de Santana - como pólo regional com relações extra-regionais - proporcionando-lhe maior fluidez à circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações, além de uma gama de alternativas que proporcionem qualidade de vida satisfatória aos seus habitantes.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Pólo regional de Feira de Santana (BA), Planejamento urbano, Centro Industrial do Subaé (CIS)

E-mail para contato: alex_desouzasilva@yahoo.com.br