60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial

A INCLUSÃO EDUCACIONAL DA PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN: UMA ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DA FAMÍLIA

VIVIAN FRANCISCA DA SILVA RIGUETO1
FABIANA CHINALIA2

1. Graduada em Pedagogia - FESL/Jaboticabal
2. Profª. Ms. Departamento de Pedagogia - FESL/Jaboticabal


INTRODUÇÃO:
É preciso considerar que o desenvolvimento e a aprendizagem de uma criança com Síndrome de Down serão influenciados e, ao mesmo tempo, - ainda que em parte – serão dependentes do meio social em que está inserida. Por isso, devido ao conjunto de alterações provocadas por essa Síndrome, as famílias dessas crianças atravessam momentos de instabilidade emocional ao longo desses processos, bem como necessitam de informações atualizadas acerca de ações indispensáveis à estimulação de seus filhos, desde a mais tenra idade, Alicerçados pela família e freqüentando serviços de estimulação precoce, essas crianças são capazes de superar expectativas negativas generalizadas, em relação ao seu processo de desenvolvimento e aprendizagem. Na atualidade, a política de inclusão anuncia o direito dessas crianças a freqüentarem a escola de ensino regular, gerando ainda mais expectativas às famílias, pois se abrem possibilidades para a socialização e as diferentes aprendizagens, dentre outros aspectos que envolvem a vida do ser humano. Este estudo tem como objetivo descrever e analisar as expectativas da família de uma criança com Síndrome de Down, incluída em uma sala de aula de uma escola de ensino regular.

METODOLOGIA:
Para atender a esse objetivo, utilizamos como metodologia a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo. A pesquisa de campo se configura em um estudo de caso de uma aluna com Síndrome de Down, inserida na Educação Infantil (Jardim) de uma escola de ensino regular municipal. Como estratégias de coleta de dados foram utilizadas entrevistas com a família (mãe) e com a professora da criança, procedimentos esses realizados durante dois meses consecutivos, para posterior transcrição das respostas obtidas, e análise.

RESULTADOS:
As informações coletadas revelaram que, no que diz respeito à família, ocorreram momentos de equilíbrio e desequilíbrio ao longo do processo de aceitação da deficiência de seu filho. E, no que diz respeito à inclusão escolar da criança com Síndrome de Down, verifica-se um olhar atento da professora que acredita que o processo de inclusão deve ocorrer desde a mais tenra idade, pois a criança está em processo de desenvolvimento e, portanto construindo sua identidade e personalidade.

CONCLUSÕES:
O desenvolvimento integral da criança com Síndrome de Down acontece em um ritmo diferenciado das ditas “normais”, já que, conforme mencionamos no referencial teórico deste estudo, isto é reflexo do conjunto de sintomas causados pela síndrome, porém não pode mais ser considerado como fator limitante para suas futuras aprendizagens. Pudemos concluir que, mesmo com as condições diferenciadas (limitações) que essa síndrome provoca na criança, há possibilidades significativas de romper com tais limitações, podendo ocorrer desenvolvimento e aprendizagens significativas ao longo de seu processo educacional. Especificamente no que diz respeito à família, ficou evidente que as ações realizadas pela mesma foram primordiais para o desenvolvimento e as aprendizagens dessa criança. Concluímos também, que tanto a família quanto a professora, contribuem para o seu desenvolvimento integral. Observamos, ainda, que a família da criança tem muito a lhe oferecer e que alguns entraves fazem parte da própria natureza humana. Por isso, a cada dia, é preciso “quebrar” uma barreira e abrir novos caminhos. Ao mesmo tempo, entendemos que ainda há muito a se fazer na sociedade e na escola, para que possam oferecer um ensino de qualidade para todos, “normais” e/ou deficientes.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Síndrome de Down, família, educação inclusiva

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