60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial

A IMPORTÂNCIA DO ESTÍMULO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN NA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DE FORTALEZA–CEARÁ (APAE)

Natália Parente de Lima1
Jessilene de Melo e Sousa1
Ana Beatriz Lopes Colares1
Fabíola Camurça Janebro1
Marta Suiane Barbosa Machado1
Kelma Socorro Lopes de Matos1

1. Universidade Federal do Ceará / UFC-FACED


INTRODUÇÃO:
O estudo realizado trata sobre a importância da estimulação para o melhor desenvolvimento da criança com Síndrome de Down (SD). Além de esclarecer sobre a função da estimulação, a pesquisa procura aprofundar o conhecimento sobre a SD, descrevendo suas características e o trabalho que é realizado pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Fortaleza-Ceará. Direcionamos o nosso foco de pesquisa para o Setor de Estimulação Precoce desta instituição, que atende a faixa etária de 0 a 3 anos, onde se iniciam todos os esforços para a melhoria das condições físicas, cognitivas, afetivas e sociais dos indivíduos com SD. Percebemos que muitos desconhecem a capacidade de desenvolvimento dos portadores desta síndrome, por isso pesquisamos suas reais possibilidades, ampliadas a partir da utilização e valorização dos estímulos.

METODOLOGIA:
Foram utilizadas para o desenvolvimento deste trabalho as pesquisas bibliográfica, documental e de campo. Na pesquisa bibliográfica e documental realizamos um levantamento de dados através de livros, documentos e endereços eletrônicos. A pesquisa de campo foi feita na APAE, onde foram coletadas informações específicas sobre os processos de estimulação utilizados pela instituição. A coleta de dados ocorreu através de entrevistas informais com a fisioterapeuta, a fonoaudióloga, a pedagoga e a assistente social da instituição. Além disso, foram realizadas algumas observações a fim de conhecer as atividades de estimulação oferecidas pela instituição às crianças de 0 a 3 anos.

RESULTADOS:
A estimulação se organiza através de serviços destinados a pessoas deficientes, portadoras de distúrbios e com atrasos em seu desenvolvimento neuropsicomotor e para tal, deve contar com equipe multidisciplinar, constituída por: pediatra, fisioterapeuta, pedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e outros. Segundo SAMPEDRO (1993), a estimulação contribui não apenas para prevenir deformidades, corrigir padrões anormais e consolidar as aquisições motoras, sensoriais e cognitivas, como também é um extraordinário fator de equilibro, pois proporciona na criança um sentimento de segurança. Para verificar o resultado dos estímulos acompanhamos duas crianças da mesma faixa etária (3 anos), uma que comparecia a todas as sessões de estimulação e outra que fazia o trabalho esporadicamente. A primeira mostrou resultados satisfatórios no desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social, enquanto a segunda não obteve um desenvolvimento satisfatório se comparado à primeira. Através da pesquisa de campo, observamos que o Setor de Estimulação Precoce da APAE desenvolveu progressivamente a independência do indivíduo na realização das mais diversas ações, ajudando-o a conhecer o próprio corpo, limites e sensações, fazendo-o adquirir atitudes e hábitos adequados.

CONCLUSÕES:
Com base nos resultados da pesquisa bibliográfica e documental, percebemos que todos os indivíduos, incluindo os com SD, têm capacidade de adquirir conhecimento. Assim, mesmo com as limitações impostas pela síndrome, as pessoas acometidas por ela têm a possibilidade real de desenvolvimento físico e psicológico. Através dessa pesquisa, constatou-se que a aprendizagem e as experiências perceptuais são cruciais para o desenvolvimento dos portadores desta síndrome. O estímulo é um fator primordial para o progresso, visando à independência e a integração desses indivíduos no meio social. Dessa forma, percebemos que o estímulo possui grande importância nos aspectos motor, cognitivo, afetivo e social. Encontramos na APAE um grande interesse em contribuir com as ações específicas para a melhoria de vida do público atendido. Em todas as atividades observadas, percebemos a presença da estimulação como mediadora para o crescimento das habilidades e potencialidades dos portadores de SD. Por fim, concluímos que a eficácia do processo de aprendizagem depende da utilização correta dos estímulos.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  síndrome de down, estímulo, desenvolvimento

E-mail para contato: natalia_parente@yahoo.com.br