60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

No município de Parintins/Am, o fornecimento de água na cidade para consumo humano provém de captação subterrânea, por meio de poços tubulares, administrado pelo Sistema de Abastecimento de Água e Esgoto, de acordo com normas de segurança do Ministério da Saúde. A qualidade da água para consumo humano é essencial, de forma que seja distribuída ao usuario com as características de qualidade determinadas pela portaria vigente. Sabendo que a escola é o ambiente onde o estudante passa a maior parte do tempo, ocupando cerca de um terço do seu dia, fez-se necessário um acompanhamento e monitoramento da qualidade da água fornecida em algumas escolas da cidade de Parintins, assim como promover orientações para melhorar aspecto de saúde publica, no que diz respeito ao consumo de água. Neste sentido, os dados obtidos com este estudo permitiram avaliar a qualidade microbiológica da água destinada ao consumo humano nessas escolas, distribuída pelo Sistema de Abastecimento, coletados nas torneiras e bebedouros em dez escolas estaduais e municipais na área urbana do município.

METODOLOGIA:

A metodologia adotada para realização dos exames bacteriológicos da água envolveu procedimentos, para freqüências e interpretação de resultados de acordo com a Portaria nº. 518/2004 do Ministério da Saúde, que utiliza como parâmetro às determinações de Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. O método utilizado foi o do Substrato Cromogênico Definido ONPG-MUG que confere resultados confirmativos para presença de Coliformes Totais e E. coli em 24 horas com o desenvolvimento de coloração amarela e observação de fluorescência, sem necessidade da adição de outros reagentes para confirmação. Dez escolas foram escolhidas, entre as quais quatro são municipais e seis estaduais. O período de monitoramento para analise microbiológica ocorreu nos meses de julho e setembro de 2007. Foram coletadas 20 amostras de água, sendo 10 dos bebedouros e 10 nas saídas das torneiras, totalizando 40 amostras. Finalizados o período de análises, foram encaminhadas as escolas o laudo técnico acompanhado de folhetos explicativos com a transmissão de doenças veiculadas através da água, além das orientações de como realizar a desinfecção periódica dos bebedouros e caixa de água.

RESULTADOS:

O resultado microbiológico das quarenta amostras das escolas observou-se que das 10 coletadas nos bebedouros no mês julho, 60% apresentou positividade para Coliformes Totais e 100% apresentou negatividade para E. coli, e das 10 amostras das saídas das torneiras, 100% apresentaram negatividade tanto Coliformes Totais e para E. coli. No mês de setembro 100% das amostras dos bebedouros apresentou negatividade tanto para Coliformes Totais como para E. coli. As amostras das saídas das torneiras 20% apresentaram positividade para Coliformes Totais e 100% apresentou negatividade para E coli. A causa provável da contaminação dos bebedouros no mês de julho pode ser atribuída à falta de limpeza e manutenção periódica, alem disso, a freqüências de uso por estudantes, podem ser fatores de contaminação, visto que não é freqüente a higienização das mãos. Após entrega do laudo da primeira coleta para as escolas, as orientações para desinfecção periódicas dos bebedouros, sugestão de medidas preventivas e corretivas houve uma acentuada redução de contaminação no mês de setembro. Quanto ao teor de Cloro Residual Livre, das vinte analise realizada nas saídas das torneiras, no mês de julho e setembro apenas cinco mostraram-se dentro da faixa de aceitabilidade.

CONCLUSÕES:

Este trabalho mostrou um quadro da qualidade da água consumida em escola municipais e estaduais da rede de ensino de Parintins. As analises biológica revelaram a negatividade para E. coli em todas as amostras e positividade para Coliformes Totais em algumas amostras de água coletadas em diferentes períodos do ano. De acordo com a Fundação Nacional de Saúde os contaminantes biológicos de veiculação hídrica, constituem-se nos problemas de saúde pública mais comum. Essas doenças são transmitidas principalmente por meio de excretas, por sua introdução na fonte de água, tornando imprópria para consumo humano. De acordo com a Portaria nº. 518/2004, do Ministério da Saúde, as águas insuficientemente tratada, por exemplo, sem a garantia de Cloro Residual Livre, pode permitir o acumulo de sedimentos, matéria orgânica e proporcionar o desenvolvimento de bactérias, incluindo aquelas do grupo coliformes que não seja E. coli. Por isso na avaliação da qualidade da água distribuída, em geral tolera-se a detecção eventual de coliformes totais, mas requer-se a ausência sistemática de E. coli, o que significaria presença de excretas fecais. Portanto faz-se necessário maior acompanhamento e orientações nas escolas, como forma preventiva a infecções causadas pela ingestão da água.

Instituição de fomento: Universidade do Estado do Amazonas

Palavras-chave: Qualidade da água, Microbiologia, Escola Públicas

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