60ª Reunião Anual da SBPC




D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional

OSTEOPOROSE E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM MULHERES DO MUNICÍPIO DE MURIAÉ - MG

Pauliana Pereira Veggi1
Pedro Henrique Silva1
Vanessa Costa da Silva1
Fabiano Sousa Barbosa1

1. FAMINAS - Faculdade de Minas


INTRODUÇÃO:
Atualmente a osteoporose é considerada um dos problemas de saúde mais comuns e mais sérios da população idosa. Grande atenção é dada a esse público por afetar um terço da população feminina após menopausa e suas características serem de uma doença crônico-degenerativa e multi-fatorial relacionada ao envelhecimento. A osteoporose é muitas vezes confundida ou assimilada com a osteopenia, caracterizada por perda de massa óssea, por diminuição da aposição, aumento da reabsorção ou da desmineralização da matriz. A densitometria óssea é um dos métodos mais eficientes para diagnosticar a osteoporose sendo a ultras-sonometria óssea de calcâneo, utilizada como forma de diagnóstico em nossa pesquisa, uma técnica relativamente nova e barata, porém com a desvantagem de não promover medidas quantitativas da densidade mineral óssea. Estudos demonstram que o uso de alendronato de sódio, um anti-reabsortivo ósseo, é uma alternativa terapêutica que aumenta a densidade óssea, reduzindo inclusive o risco de fratura e que o uso de estrogênio combinado ou não a progestagênio aumentaria a densidade óssea, reduzindo cerca de 25 a 50% o risco de osteoporose. Nosso objetivo foi relacionar os fatores de risco associados à osteopenia e osteoporose em mulheres do município de Muriaé - MG.

METODOLOGIA:
Os dados foram coletados no período de 6 a 30 de novembro de 2007. Participaram do estudo 136 mulheres pacientes de uma clínica na cidade de Muriaé-Minas Gerais. O método utilizado para diagnóstico dos quadros de osteopenia e osteoporose foi a ultras-sonometria óssea de calcâneo, realizada pelo médico responsável pelo serviço. Utilizamos um questionário, realizado sob forma de entrevista, composto por quinze perguntas relacionadas a fatores de risco para a perda da densidade mineral óssea como, por exemplo, prática de atividade física regular, tabagismo, história de cirurgia nos ovários e uso de reposição de cálcio. Todas as participantes preencheram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

RESULTADOS:
A média de idade da amostra foi de 62,5 anos (desvio-padrão = 8,1). Das 136 participantes, 91 (67%) apresentaram perda da densidade mineral óssea (DMO), sendo 71 com quadro de osteopenia e 20 com osteoporose já instalada. O perfil das participantes com perda de DMO em nossa amostra consistiu em: 21% delas já sofreram fratura em alguma região do corpo; 20% têm histórico familiar de osteoporose e 10% são tabagistas. Das que fazem reposição hormonal nenhuma apresentou osteoporose. Fatores ditos como de proteção como ingestão de cálcio e atividade física regular se fizeram presentes, respectivamente, em apenas 3% e 4% daquelas com quadro de osteoporose já instalada.

CONCLUSÕES:
A prevalência de perda de DMO, incluindo osteopenia (52%) e osteoporose (15%) mostrou-se relativamente alta entre as mulheres de nossa amostra, com alto índice de fraturas neste grupo. Logo, percebemos a necessidade de atuação fisioterápica para essa população preconizando um programa de treinamento de força e resistência musculares. Observamos ainda os fatores mais comuns associados à perda de DMO, como histórico familiar de osteoporose e tabagismo, sendo este último um fator modificável, ou seja, passível de abandono se conseguida a educação em saúde desta população. Reconhecemos ainda a necessidade de um estudo com amostra mais representativa de nossa região para avaliarmos com maior precisão a magnitude dos efeitos dos fatores associados à osteoporose.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Osteoporose, Osteopenia, Sexo feminino

E-mail para contato: paulianapereiraveggi@yahoo.com.br