60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

O presente trabalho tem o objetivo de proporcionar discussões e reflexões sobre a importância do Cuidar e Educar, como ações complementares na Educação Infantil, considerando o papel fundamental da escola na formação da criança de zero a seis anos de idade. Nesse contexto se faz necessário discutir possibilidades para que o trabalho do professor seja realizado com qualidade, utilizando conhecimentos que contribuam para uma prática que garanta a educação efetiva e coerente às necessidades dos educandos. Para tanto, acreditamos que o cuidar e o educar são ações indissociáveis, pois alem de receber cuidados básicos, a criança precisa desenvolver sua identidade pessoal e social

METODOLOGIA:

A metodologia utilizada para realização desse trabalho, foi feita através de um levantamento bibliográfico envolvendo a leitura de autores que pesquisam a política de atendimento da criança de zero a seis anos, como Abramowicz (1995), Oliveira (1999), Zabalza (1998), Kishimoto (1998), Kramer (2003), Kuhlmann Junior (1999), entre outros. O estudo também buscou enfatizar as considerações presentes nos documentos “Referenciais Curriculares Nacionais” para a Educação Infantil, elaborados pelo Ministério da Educação (MEC), que trazem importantes orientações a respeito da prática do professor que atua no campo da Educação Infantil, mas também devem ser analisados à luz dos teóricos da área, que tecem importantes críticas a eles.

RESULTADOS:

Pautados nos estudos bibliográficos, constatamos nos últimos dez anos, um avanço significativo nas concepções e nas práticas relacionadas à Educação Infantil. Esses avanços foram provocados, sobretudo, por movimentos sociais em larga escala, que envolveram educadores, pais e outros segmentos sociais. A LDB n˚ 9.394/96 que, inclui a Educação Infantil como etapa da Educação Básica, deu novo enfoque ao atendimento das crianças de zero a seis anos. A importância desse período para o desenvolvimento da criança nas dimensões cognitiva, afetiva e social como pressuposto para sua autonomia, a formação de professores, garantindo à qualidade do aprendizado, a profissionalização docente, a garantia do financiamento para a Educação Infantil, foram aspectos apontados como primordiais para o avanço qualitativo dessa etapa, considerando um processo continuo que rompe com antigas concepções de que nas creches deveriam predominar os cuidados básicos como alimentação, saúde e higiene, e que as pré-escolas preparavam somente as crianças para o ensino fundamental. Portanto, o entrelaçamento entre o Cuidar e o educar na Educação Infantil contribuiu para o processo de construção do conhecimento e para o pleno desenvolvimento da criança, nesse nível de ensino.

CONCLUSÕES:

A pesquisa trouxe a importância de acabarmos com a cisão entre o cuidar e o educar. Essa discussão deve ser enfrentada, considerando muitos estudos que apontam a necessidade da não existência da oposição entre cuidado e educação. As leituras realizadas nos proporcionaram a convicção de que a concepção assistencialista, do favor foi superada pela concepção educacional, do direito, embora não possamos afirmar que na prática, no trabalho efetuado nas instituições, isso venha ocorrendo. Devemos salientar que não cabem as mudanças formais, mas mudanças internas, de concepção de atendimento, pois não basta sabermos quais condições ideais para a promoção do desenvolvimento de nossas crianças, mas sim, é necessário que nos aprofundemos nas questões de ordem política e social.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Cuidar/Educar, Educação Infantil, Integração

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