60ª Reunião Anual da SBPC




D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública

A ENFERMAGEM NA ESCOLA: PROMOVENDO E ESTIMULANDO EDUCAÇÃO EM SAÚDE E CIDADANIA.

Max Willian Alves Barbosa1
Lilian Dias Adriano Alves1
Rosana Franciele Botelho Ruas1
Rute Meire Dutra1
Íris Delôgo Dutra2
Pedro Paulo do Prado Júnior3

1. Acadêmicos de Enfermagem/ Faculdade de Minas - FAMINAS
2. Acadêmico de Farmácia/ Faculdade de FAMINAS
3. Professor / Faculdade de FAMINAS


INTRODUÇÃO:
A idade escolar é uma fase em que a criança e o adolescente passa por um intenso processo de aprendizagem, um período que vivem novas experiências e encontram também respostas para muitas dúvidas e porquês da vida. O aprender, o descobrir e o ensinar, são elementos marcantes neste período que é também muito importante para o desenvolvimento humano, pois o caráter e a consciência se formam, partindo deste princípio é fundamental que sejam implantadas estratégias de ação voltadas para a saúde na promoção da auto-estima, do desenvolvimento de habilidades e de comportamentos saudáveis. Crianças bem instruídas hoje serão no futuro cidadãos e adultos saudáveis. Inicialmente o projeto tem como objetivo detectar déficit em relação aos processos saúde e doença para que em seguida possam ser desenvolvidas ações que promovam a saúde nos diversos aspectos, contemplando não apenas temas referentes a doenças, mas ao bem estar psíquico e social fazendo com que os jovens tenham condições para refletirem sobre as informações que irão receber.

METODOLOGIA:
O projeto que foi dividido em dois momentos, teve no primeiro, a realização de uma pesquisa por meio de um questionário semi-estruturado em uma escola pública, Escola Estadual Desembargador Canêdo, localizada na região periférica do Município de Muriaé-MG, no período de 03 a 17 de agosto de 2007. Contou com a participação de 314 alunos distribuídos em turmas de 5ª a 8ª série (ensino fundamental). O questionário tratava de diversos temas relacionados à sua saúde, direcionado aos alunos, e indiretamente à de seus familiares e comunidade. Eram abordados com questões desde higiene pessoal a DST’s. Já no segundo, defini-se sua implantação utilizando de recursos áudio-visual, palestras, cartilhas, oficinas e documentários informativos os quais favorecem sua consolidação, após a identificação das necessidades dos entrevistados.

RESULTADOS:
Constatou-se déficit em relação aos processos saúde e doença bem como a exposição do grupo em pesquisa aos fatores de risco envolvendo higiene, alimentação, comportamento e instrução. Questionados sobre o comprometimento de sua saúde e de seus familiares, 25% declararam comprometimento pelo estresse, 28% tabagismo e alcoolismo, 6% obesidade, 5% saúde bucal. Das patologias cujo convívio é social, 12% responderam doenças respiratórias, 15% cardiopatias e diabetes, 3% verminoses e 15% outras doenças. Em relação à alimentação, 84% declararam ter bons hábitos alimentares, entretanto os alimentos que compõem sua alimentação não são considerados saudáveis. Referente à ingesta hídrica, a maioria bebe água com freqüência, embora 61% optarem também por refrigerantes. Dos alunos que declararam conviver com diabéticos, 86% alimentam-se de biscoitos e doces, 68% de refrigerantes, e 46% de gorduras. Quanto à prática de atividades físicas, 85% declararam praticar, porém só 49% são assíduos. Em relação aos hábitos de higiene pessoal, detectou-se que nas meninas, que correspondem a 53% dos entrevistados, ao término de suas necessidades fisiológicas, 50% apenas limpam de frente para trás. Já no que se refere às informações em saúde, 16% ocorre na TV, 15% em casa e só 11% na escola.

CONCLUSÕES:
A pesquisa revelou que há necessidade de fornecer orientações em saúde e cidadania aos entrevistados, elaborar atividades que contribuam para a permanência e inclusão dos alunos na escola e para afastar o risco da evasão escolar com ações integrada entre a educação e a saúde. Isto favorece o processo de construção de vida saudável e fortalece também o enfoque de saúde como qualidade de vida. Para que isto ocorra com êxito é essencial esta parceria e o envolvimento dos demais segmentos sociais, na busca de atender as necessidades das escolas e comunidade. Reforça-se, assim, a importância do enfermeiro como educador e transformador de conceitos. É necessário ao profissional educador conhecer a realidade dos adolescentes sem desprezar sua cultura e hábitos, a fim de que o ensino não se torne algo elitista e autoritário, visto que a higiene, alimentação e o comportamento podem comprometer e muito a saúde, como resultado da falta de informação.

Instituição de fomento: Escola Estadual Desembargador Canêdo.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Saúde, educação, comportamento.

E-mail para contato: maxwillianbarbosa@hotmail.com