60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação

(RE) PENSANDO A INFÂNCIA: CONTINUIDADES E RUPTURAS

Vanessa Bentes de Miranda1, 3
Márcia Cristina Argenti Perez1, 4

1. Univ. Est. Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - UNESP/BAURU - Fac.de Ciências
4. Profª Dra. - Orientadora


INTRODUÇÃO:
Compreender a infância, atualmente, como um período importante para o desenvolvimento global do ser humano, é inegável, entretanto, tal premissa nem sempre foi percebida dessa maneira e por diversos períodos se questionou qual era o tempo da infância e quem era a criança. A pesquisa investigou a infância, por meio de um estudo teórico que objetivou discutir o contexto das políticas e práticas educativas para as crianças e suas implicações para o (re) pensar a infância na atualidade.

METODOLOGIA:
O projeto objetivou concretizar a temática enfocando a análise das recentes publicações de órgãos oficiais e de estudos acadêmico-científicos que explicitam discussões acerca das especificidades da infância e da legitimidade e efetividade das políticas e práticas educativas.

RESULTADOS:
Este estudo, abrindo o foco para uma discussão mais geral sobre a construção histórica e social da infância e fechando o foco para a situação da infância no Brasil e para os desafios presentes na atualidade aos sistemas educacionais para garantirem o direito à Educação, constatou: 1) a importância de localizar a infância e compreendê-la, tanto na dimensão macro, analisando as políticas públicas para a infância, quanto na micro, pensando a criança no seu cotidiano; 2) a relevância de analisar os estudos científicos e documentos oficiais averiguando que o conceito de infância teve e tem significados diferentes para cada grupo social em cada momento histórico; 3) a necessidade de compreender o contexto contemporâneo ocidental, especialmente nos últimos séculos, em assumido a infância enquanto categoria social, instituindo internacionalmente um conjunto de direitos fundamentais das crianças, e a realidade de não ter ainda superado as contradições nas práticas na infância.

CONCLUSÕES:
Concluímos que estuda-se e pensa-se muito mais sobre a criança, do que efetivamente se consegue fazer por elas, já que as condições impostas às crianças, em diferentes lugares, classes sociais e momentos históricos, revelam que não é possível viver uma infância idealizada, pretendida e legitimada, vive- se a infância possível, pois a criança está imersa na cultura e participa ativamente dela. As desigualdades de condições de ser criança não excluem a especificidade da infância, enquanto experiência individual e enquanto categoria social. Os estudos de diferentes áreas, ao logo da história, tem permitido pensar a infância sob diferentes enfoques e os direitos têm servido como denúncia da situação de pressão em que se encontram as crianças dos diferentes contextos.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Infância, Família, Práticas Educativas

E-mail para contato: nessabut@bol.com.br