60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

Atualmente, a procura pela perfeição estética está cada vez mais sendo explorada através de promessas que são o oposto da alimentação balanceada. Esta por sua vez, previne alterações patológicas e promove o bem estar do indivíduo. Entre as dietas denominadas como “milagrosas”, encontra-se a Dieta de Atkins, que acredita na ingestão hiperlipídico-protéica para a promoção de perda de peso. Críticos desta dieta sugerem a redução da capacidade da mãe em conceber e/ou manter o feto durante o período perinatal. Alguns estudos asseguram que o excesso de nutrição materna resulta em síndrome metabólica em sua prole. Em contrapartida, em outro estudo realizado, observa-se uma adaptação do metabolismo materno garantindo o metabolismo e crescimento contínuo fetal. Este trabalho tem por objetivo a determinação do efeito de dietas hiperlipídico-proteicas - DHLP - (com 5% de carboidrato[E1] ou total ausência de carboidrato [E2]) na gestação e no desenvolvimento das ninhadas de ratas Wistar.

METODOLOGIA:

A metodologia fundamenta-se na oferta de DHLP com baixo teor de carboidratos (caseína, banha de porco, açúcar, fibra, mix vitamínico, mix mineral para gestantes, L cistina, bitartarato de colina e colesterol) e sem carboidratos (caseína, banha de porco, fibra, mix vitamínico, mix mineral para gestantes, L cistina, bitartarato de colina e colesterol) às ratas, em fase de cruzamento, gestação e lactação e na contagem do número de componentes das ninhadas ao nascimento e no decorrer do período de lactação (21 dias). O grupo controle foi constituído de ratas alimentadas com dieta comercial para ratos (carbonato de cálcio, farelo de milho, farelo de soja, farelo de trigo, fosfato bicálcico, cloreto de sódio, premix mineral vitamínico e aminoácidos).

RESULTADOS:

Observou-se que as ratas alimentadas com as DHLP não apresentaram diferenças significativas estatisticamente em relação ao grupo controle com relação ao número de filhotes ao nascimento ou após a lactação. A média de nascidos foi igual a 11,62, 11,70 e 12,12 para os grupos Controle, E1 e E2, respectivamente. Ao final da lactação conservou-se o número de filhotes mantidos após o nascimento.

CONCLUSÕES:

Esses resultados sugerem que a rata encontra maneiras alternativas para subsidiar o crescimento fetal, adequando o metabolismo às fontes energéticas presentes, através da oxidação lipídica e aumento da taxa basal. Dessa forma, nossos resultados estão em desacordo com outras pesquisas realizadas segundo as quais a ausência de carboidratos interfere de modo significativo na capacidade de concepção de ratas.

Instituição de fomento: PAPE - UNIUBE; CNPq.

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: Dieta hiperlipídico-protéica, Gestação, Lactação

E-mail para contato: marcia.margato@hotmail.com