60ª Reunião Anual da SBPC




A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 8. Física Médica

A IMPORTÂNCIA DA RADIOPROTEÇÃO NAS CLÍNICAS MÉDICAS DO MUNICÍPIO DE TUCURUÍ

Antonio Leocádio Martins Ferreira1
Antonio Thiago Madeira Beirão1
Emiliane Advíncula Malheiros1
Lêda dos Santos Barros1
Raimunda Lima da Silva1
Roberto Paulo Barbosa Ramos1, 2

1. Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará
2. Orientador


INTRODUÇÃO:
A cidade de Tucuruí situada no sudeste do Pará, onde esta localizada a maior hidrelétrica genuinamente brasileira pólo de uma microrregião possui uma população de 73798 mil habitantes (IBGE,2000). Tucuruí possui quatro hospitais com equipamentos com de raios-x para o radiodiagnóstico que é exame complementar solicitado pelo diversos médicos da rede hospitalar, assim sendo imprescindível o estudo da proteção radiológica. É necessário uma atenção especial para as exposições médicas, pois segundo a Comissão Internacional de Proteção Radiológica, “a exposição médica é a única categoria na qual é possível uma grande redução na dose média recebida pela população”. Apesar do elevado número de aparelhos de raios X para radiodiagnóstico em operação no Brasil, apenas em 1998 foram estabelecidos os requisitos técnicos para a aceitação desses equipamentos e a exigência de vistoria periódica de seus parâmetros básicos de operação. A portaria 453 de 01 de junho 1998 da ANVISA, que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso do raio-X em todo território nacional e dá providências. O objetivo desta pesquisa é a verificação da importância da radioproteção nas clinicas odontológicas do município de Tucuruí.

METODOLOGIA:
Este trabalho foi desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfica, para apresentação conceitual do objeto Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico. Na seqüência foram visitadas as salas de raios-X dos hospitais e clinicas que compõem a rede hospitalar de Tucuruí, quando foi solicitado ao responsável técnico, a sua participação respondendo a um questionário elaborado com base no roteiro proposto pela agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em dezembro de 2000, consoante com a portaria SVS 453/98, está distribuído em quatro grupos: documentação, proteção radiológica, equipamentos e qualidade da imagem. Nos grupos estão inseridos itens com respostas objetivas sim e não. Foi conferido um valor (PESO) a cada item, valores que também foram retirados do roteiro proposto pela ANVISA e que no final proporcionará a possibilidade de uma comparação entre as pontuações obtidas pelas clinicas que foram entrevistadas e avaliadas. Após a aplicação do questionário próprio e a inspeção visual dos equipamentos, os dados foram processados e analisados, gerando informações que poderão ser utilizadas para ser conhecer e oferecer subsídio para o monitoramento da qualidade de radioproteção proporcionada pela rede hospitalar, na cidade de Tucuruí.

RESULTADOS:
Das quatro clínicas de Radiodiagnóstico de Tucuruí, apenas uma apresenta projeto arquitetônico aprovado na vigilância Sanitária, mesmo sendo um item imprescindível para a obtenção da licença de funcionamento; nenhuma das clínicas possuem alvará sanitário com validade. A respeito das definições de área livre e controlada, apenas metade das clínicas as possui definidas, o que traduz um grande risco para usuários, técnicos e públicos. Quanto à blindagem das paredes e de portas com chumbo todas as clínicas possuem. O símbolo da radiação e acesso restrito foi encontrado na metade das clínicas, embora sua ausência possa ocasionar acidentes de exposição inadvertida. Para orientação a pacientes e acompanhantes três clínicas não o possuía e quanto à orientação sobre os riscos de raios X na gravidez, e EPI’s metade das clínicas os apresentavam. Quanto ao local para realização de exames de radiodiagnóstico e orientação para pacientes e acompanhantes, somente uma clínica os apresentava. Por fim, sobre o monitoramento dos técnicos com dosímetros e exames médicos foi encontrado na metade das clínicas.A análise reforça a hipótese de que existe uma preocupação mais direcionada a autoproteção do estabelecimento do que propriamente aos trabalhadores, usuários e públicos.

CONCLUSÕES:
Após esta análise sobre a clínicas de radiodiagnóstico do município de Tucuruí, pode-se concluir que muito ainda deve ser feito, para que os usuários e profissionais, realmente estejam protegidos dos perigos das radiações ionizantes. É importante que nas clínicas exista uma maior preocupação para com todos os quatro grupos: documentação, proteção radiológica, equipamentos, da qualidade da imagem. Na medicina, a proteção radiológica deve ser implementada envolvendo os responsáveis técnicos e suas equipes, através de uma atualização continua dos profissionais. A manutenção dos equipamentos, o cantante aprimoramento dos procedimentos radiográficos e uma preocupação para com os pacientes, técnicos e públicos. No que se refere a radiação sem controle, utilização de dozes menores sem contudo, prejudicar a qualidade da imagem a ser obtida nos exames. Reafirma-se a necessidade de uma maior aproximação com os prestadores de serviços , para o fortalecimento da parceria entre os reguladores e os prestadores de serviços. No entanto esta ação demandaria melhor adequação dos órgãos de fiscalização em relação a recursos humanos, equipamentos e capacitação. Um maior intercâmbio com órgãos técnicos responsáveis. Para poder a segurança e qualidade nos serviços de radiodiagnóstico.

Instituição de fomento: Centro Federal de Educação Tecnologica do Pará



Palavras-chave:  Proteção, Radioproteção, Raios-X

E-mail para contato: quedadosistema@yahoo.com.br