60ª Reunião Anual da SBPC




D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva

A UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PELA CRIANÇA, NO MARANHÃO

Vanessa Durans Silva1
Mônica Elinor Alves Gama2

1. Acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão
2. Profª Drª Orientadora do Departamento de Medicina III/ UFMA


INTRODUÇÃO:
No intuito de diminuir riscos e agravos de saúde na sociedade, são imprescindíveis inquéritos populacionais periódicos que busquem identificar a atual situação de saúde das populações, com vista ao estudo das dificuldades encontradas e suas possíveis estratégias de superação. O presente trabalho visa estudar a utilização dos serviços de saúde pelas crianças menores de cinco anos no Maranhão, no âmbito da atenção básica e hospitalar.

METODOLOGIA:
Este estudo compõe parte de um projeto de pesquisa representativo do Maranhão, intitulado “Situação de Saúde no Maranhão”. Trata-se de um estudo descritivo-quantitativo, com coleta de dados de julho a dezembro de 2007. O processo de amostragem foi representado por 30 conglomerados, correspondentes a 28 municípios sorteados, e dentro de cada município foram visitados 7 setores censitários, com exceção do município de São Luís que foi sorteado em 3 conglomerados. Considerando o tamanho amostral de 1.711 crianças, foram entrevistadas 57 crianças em cada conglomerado. Neste estudo, foram trabalhados dados relativos a 680 crianças que se referem a dados revisados até o momento.

RESULTADOS:
Como exercício preliminar, dada a magnitude dos dados coletados apresentaremos resultados parciais da pesquisa geral, correspondentes aos dados analisados e corrigidos até o momento, equivalente a 680 crianças (40% da amostra). Como resultados prévios da pesquisa, podemos citar quanto aos dados demográficos das 680 crianças estudadas até o momento, que houve predomínio do sexo masculino, residência na zona rural e crianças ≥2 anos de idade. Os dados sócio ecônomicos apontaram para: mães que vivem com seus companheiros (79%), mães que não trabalham (54,9%), escolaridade materna e paterna predominante (5-8 anos de estudos completos), renda familiar (50 % das famílias recebe < 1 salário mínimo), posse de rádio e TV (50,9%). Quanto às condições de moradia e saneamento: casas de tijolo (46,8%), abastecimento de água pela rede pública (56,3%), rede de esgotos (5,9%) e fossa séptica (33,4%), coleta de lixo (46,9%). Do total de crianças estudadas, 64,7% não fizeram consulta preventiva no 1º ano de vida, 15% estiveram hospitalizadas nos últimos 12 meses, 64% referiram alguma morbidade nos últimos 3 meses, 52,4% procuraram por consultas médicas nos últimos 3 meses e 51,6% foram consultadas. Predominou o atendimento pelos serviços públicos do SUS.

CONCLUSÕES:
Por ora, podemos concluir que houve aumento quanto ao número de crianças menores de 5 anos que utilizaram serviços de saúde preventivos e curativos, na maioria público, e que a taxa de hospitalização no Estado diminiu.

Instituição de fomento: Universidade Federal do Maranhão e FAPEMA

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  serviços de saúde, crianças, assistência

E-mail para contato: vernosa@hotmail.com