60ª Reunião Anual da SBPC

INTRODUÇÃO:

Quando um soluto está ionizado, os elementos ou radiciais químicos que o compõem, estão dissociados uns dos outros. A porção da substância que existe no estado ionizado é chamada íon. Existem substâncias, como os ácidos fortes e as bases fortes, que permanecem em solução, quase completamente no estado ionizado. Um ácido é uma substância que, em solução, é capaz de doar prótons (H+). Uma base é uma substância que, em solução, é capaz de receber prótons. Em outras palavras, os ácidos são substâncias que, quando em solução, têm capacidade de ceder íons hidrogênio e as bases são substâncias que, quando em solução, têm capacidade de captar íons hidrogênio. Considerando o exposto, o presente trabalho tem por objetivo realizar primeiramente uma análise sobre indicadores ácido – base, noções de pH e, em seguida, realizar um estudo de caso direcionado ao estudo da flor da papoula como indicador natural, expondo a relevância que o mesmo possui através do método simples e eficaz para determinação do pH de soluções utilizando um indicador natural quando não houver possibilidade de sua obtenção por indicador universal.

METODOLOGIA:

O pH é uma medida da acidez e alcalinidade. A escala de pH vai de 0 a 14. Em 7 pH há um equilíbrio entre acidez e alcalinidade. Esse tipo de solução é neutra. Quanto maior o potencial de uma substância de liberar íons hidrogenados, menor é o valor pH. A escala de pH é logarítmica, isso significa que os valores que separam cada unidade não são de valores iguais ao longo da escala, mas aumentam de acordo e proporção de sua distância do meio ponto, para terem um equilíbrio certo entre acidez e alcalinidade. Os indicadores ácido – base são substâncias que apresentam colorações distintas em distintos valores de pH. Os indicadores nos dão uma medida exata do pH, como a fenolftaleína, o alaranjado de metila, o azul de bromofenol, vermelho de metila, entre outros. Primeiramente fez-se um extrato alcoólico das flores de papoulas maceradas um dia antes do experimento. Com o auxílio de uma estante de tubos de ensaio posicionou-se oito tubos de ensaio e foram colocados em cada tubo soluções de HCl (1M), NaOH (1M), água sanitária, suco de limão, vinagre, água de sabão, shampoo e detergente respectivamente, onde foram posteriormente acrescentado 10 ml do extrato da flor com auxílio de uma pipeta graduada.

RESULTADOS:

Ao se acrescentar o extrato da flor de papoula nas soluções, foram obtidos os seguintes resultados das colorações: Para a solução de HCl, a coloração apresentada foi vermelho; para solução de NaOH, a coloração apresentada foi verde; para a solução de água sanitária, a coloração apresentada foi verde; para a solução de suco de limão, a coloração apresentada foi vermelha; para a solução de vinagre, a coloração apresentada foi vermelha; para a solução de água de sabão, a coloração apresentada foi verde; para a solução de shampoo, a coloração apresentada foi verde; para a solução de detergente, a coloração apresentada foi verde.

CONCLUSÕES:

Tendo-se como referência o ácido clorídrico e o hidróxido de sódio adicionado ao extrato da flor de papoula no inicio do experimento, observou-se que de acordo com o meio, ácido ou básico, os indicadores assumem colorações diferentes, ou seja, coloração vermelha em meio ácido e coloração verde em meio básico. A partir desses resultados, utilizados como padrão, pode-se obter, em seguida, a noção da medida de acidez e alcalinidade de cada solução. A água sanitária, a água de sabão, o shampoo e o detergente por apresentarem coloração verde, pode-se dizer que as mesmas são soluções básicas. Porém, o suco de limão e o vinagre por apresentarem coloração vermelha na presença do extrato da papoula, pode-se dizer que as mesmas são soluções ácidas, mostrando assim a eficácia deste como indicador natural.

Instituição de fomento: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave: INDICADOR NATURAL, EXTRATO DA FLOR DE PAPOULA, pH

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