60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 15. Formação de Professores (Inicial e Contínua)

FORMAÇÃO COM IMAGENS: UMA NOVA POSSIBILIDADE NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

ADRIANE MELARA1, 2
ELIANE DE OLIVEIRA RODRIGUES1, 3
ELVIS FRANCIS FURQUIM DE MELO1, 4
AMARILDO LUIZ TREVISAN1, 5

1. Universidade Federal de Santa Maria
2. Acadêmica do Curso de Educação Especial. Bolsista BIC/FAPERGS
3. Acadêmica do Curso de Educação Especial. Bolsista PIBIC/CNPq
4. Mestrando em Educação/PPGE-CE
5. Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Educação-CE. Orientador


INTRODUÇÃO:
Esta reflexão parte de um trabalho realizado no Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, pelo Grupo de Pesquisa Formação Cultural, Hermenêutica e Educação. Pretende-se abordar a questão da alfabetização visual como uma proposta que possa contribuir para as práticas de formação tanto inicial quanto continuada de professores visando novos modos de percepção nas práticas escolares, formando indivíduos críticos, participativos, abertos ao diálogo. Busca-se realizar um trabalho conjunto em que à aprendizagem seja recíproca, ocorrendo uma troca de saberes e experiências. A pluralidade social vigente e as estratégias do sistema capitalista exigem novos posicionamentos nas técnicas pedagógicas, bem como nos desempenhos diários. Nesta perspectiva, debatemos sobre a indústria cultural e os potenciais que a alfabetização visual pode proporcionar, colaborando com o agir pedagógico numa perspectiva de integração social e alteridade.

METODOLOGIA:
Neste sentido, a investigação propõe uma hermenêutica do conceito de estetização do mundo da vida, recuperando as raízes históricas do termo de maneira reconstrutiva e crítica, num movimento de expansão dessa totalidade em direção a novos horizontes interpretativos. Através dessa abordagem, discutimos a idéia de que o próprio discurso da formatividade humana deveria passar por um processo de autotransformação de sentido, para auxiliar na formação da opinião pública, habilitando assim o campo educativo a decodificar, entender, e se possível, colaborar criticamente na produção de uma nova linguagem na contemporaneidade. Tendo como foco estas possibilidades, são desenvolvidas oficinas pedagógicas, acompanhadas de leituras, com imagens, mini-cursos, publicações e palestras com os professores, objetivando o refinamento do gosto estético dos envolvidos, diante dos diferentes tipos de imagens produzidas pela industrialização da cultura. Visando à relação comunidade - universidade que levam reflexões sobre a atualidade para o campo da práxis pedagógica.

RESULTADOS:
Verifica-se que a pluralidade social vigente e as estratégias do sistema capitalista exigem a necessidade de refletir sobre possíveis alternativas, e novos posicionamentos nas práticas pedagógicas por intermédio da estética e da hermenêutica. Por esse viés, acredita-se restaurar, pelo agir comunicativo, possibilidades de uma abertura ao descondicionamento mercadológico e da racionalização, em favor de um agir questionador e autônomo. Após inúmeras atividades desenvolvidas entre universidade/escola verificou-se que a escola não pode permanecer intacta diante das transformações ocorridas nas formas contemporâneas de expressão. Os resultados alcançados mostram que a cultura de imagens influencia na constituição de conhecimento e que a mesma possibilita auxiliar nas práticas de ensino.

CONCLUSÕES:
Após várias atividades desenvolvidas entre instituição e escola, defendemos que a educação não pode permanecer inoperante frente às novas atitudes de expressão da sociedade contemporânea, que em determinados momentos cria formas de exclusão. Apostamos que através de discussões e leituras de imagens culturais, podemos contribuir com a potencialidade da comunicação tanto formativa, quanto estimuladora de um modo diferente de ensinar e aprender. A formação de um pensamento crítico e autônomo é essencial frente a um mundo dominado pelas imagens culturais. Esta reflexão evidenciou, portanto, a necessidade de viabilizar a discussão acerca de uma pedagogia inserida num viés dialógico, que possa provocar um novo olhar ao educando, proporcionando o aprimoramento do gosto estético, frente aos distintos tipos de manipulação produzidos pela industrialização da cultura.

Instituição de fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul e CNPq

Trabalho de Iniciação Científica

Palavras-chave:  Formação, Imagens, Educação

E-mail para contato: drikka_mel@yahoo.com.br