60ª Reunião Anual da SBPC




G. Ciências Humanas - 7. Educação - 6. Educação Especial

AUTO-ESTIMA SUPERANDO OBSTÁCULOS E FAVORECENDO A SOCIALIZAÇÃO DO PORTADOR DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

Maria Madalena Silva de Barros1

1. Prefeitura da Cidade do Recife,Governo do Estado de PE.


INTRODUÇÃO:
As experiências com a inserção de pessoas com necessidades especiais, em Escolas da Rede Municipal de Ensino, da cidade do Recife, revelaram que as crianças ,cuja auto-estima era baixa ou que não eram bem cuidadas pelos seus familiares; comportavam-se de maneira, arredia, agressiva se isolavam do grupo e muitas vezes demonstravam mais dificuldades para realização das atividades propostas pelos professores. Este trabalho analisa informações e observações feitas pela itinerante, direção, professores; com objetivo de refletir sobre o papel e os efeitos da aceitação por parte da família, no processo de socialização da pessoa portadora de necessidades especiais. O objetivo do trabalho é o de provar que os pré-escolares que tiveram apego seguro, respeito, cuidados necessários e aceitação por parte de seus familiares são mais propensos a lidarem com suas limitações, e muitas vezes surpreendem em seu desenvolvimento sócio afetivo. Eles fazem amigos com mais facilidade, são extremamente carismáticos e os seus professores os consideram socialmente mais competentes. As observações são relevantes, por terem nos propiciado a oportunidade de desenvolvermos trabalhos de sensibilização, orientação, prevenção e apoio a todos os que fazem parte da comunidade escolar, principalmente aos familiares dos alunos desta instituição de ensino.

METODOLOGIA:
O trabalho foi desenvolvido, através de: atendimentos aos alunos, familiares, professores. Tais atendimentos eram feitos individualmente ou em grupos; durante reuniões mensais; na própria escola. Nos encontros mensais trabalharam-se temas como: Respeito às Diferenças; Prevenção das Deficiências; Cuidados Pessoais e Higiene; Limites para Estruturação da Personalidade da Criança; Carinho, Respeito e Aceitação Propiciando o Desenvolvimento de uma Boa Auto-Estima na Criança. Para realização deste trabalho foram feitas: Observações nas salas de aula da escola; Reflexões e apoio aos os professores das respectivas salas de aula; Entrevistas com alguns pais; Orientações aos profissionais que fazem parte do corpo docente; Sensibilizações com os pais que estavam sentindo dificuldade de lidar com seus filhos. Sujeitos participantes: Pais, professores, direção, alunos com dificuldades comportamentais, professor itinerante, e demais profissionais que fazem parte do corpo docente da escola. Documentos Utilizados: Formulários utilizados para avaliações pedagógicas, laudos, pareceres médicos e textos. Ambiente: Sala de aula, sala dos professores, espaços disponíveis para atendimentos individuais ou em grupo de cada escola.

RESULTADOS:
Pelos conteúdos expostos ficou claro o quanto o apoio e orientação para familiares despreparados e desinformados; contribuíram para melhoria de atitudes comportamentais nos seus filhos. Uma criança que recebe apoio familiar precocemente desenvolverá uma auto-estima satisfatória e decisiva para sua boa socialização; principalmente se ela for especial. Família e escola são núcleos para experimentar melhores formas de relação entre as pessoas, pois, a sociedade depende das atitudes de todos os seus indivíduos. Durante o desenvolvimento do trabalho, sentimos um pouco de dificuldade, pela falta de estrutura física de uma das escolas. Ninguém pode ou deve ser marginalizado. Questionando, procurando soluções, favorecendo o fortalecimento da saúde individual e coletiva; educação, respeito e aceitação devem andar sempre juntos.

CONCLUSÕES:
Percebemos que os pais que se interessaram e participaram das reuniões e orientações, estão sentindo menos dificuldades de lidarem com seus filhos; sabendo orientá-los melhor. Por conseguinte, o comportamento desses alunos, gradativamente foi melhorando em sala de aula. Tais pais estão enfrentando com maior facilidade os preconceitos que deparam no dia a dia; por uma sociedade tão excludente. Estão também, mais dedicados, carinhosos e mais responsáveis, dando bastante relevância a importância dos limites para estruturação da personalidade de seus filhos, cuidados pessoais, assistência médica quando se faz necessário e principalmente aceitando-os como são. Estão conseguindo entender que quando a auto-estima da criança é boa, elas são mais motivadas a realizarem, não se sentem “diferentes”. Já que a concepção que o indivíduo faz de si próprio, emerge da interação social e, por sua vez, guia ou influencia o comportamento que esse indivíduo atribui a si próprio

Instituição de fomento: Prefeitura da Cidade do Recife



Palavras-chave:  Auto-estima,aceitação

E-mail para contato: madalenaoliveira@hotmail.com