60ª Reunião Anual da SBPC




A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física

A RELAÇÃO ARTE-CIÊNCIA: DA ANTIGUIDADE À MODERNIDADE

Marcos César Danhoni Neves1
Taiana Gabriela Moretti Bonadio1
Débora Ferreira da Silva1
Lí­lian Nunes Pereira1
Miguel Jorge Bernabé Ferreira1
Rogério Ribeiro Pezarini1

1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ/ DEPARTAMENTO DE FÍSICA


INTRODUÇÃO:
Ciência e arte são concebidas erroneamente como ramos completamente distintos. Sabe-se que desde a Antiguidade, ambas vêm caminhando lado a lado, mesmo que inconscientemente, já que naquela época não se conheciam por completo os conceitos intrínsecos. Pode-se notar na arquitetura egípcia a simetria perfeita das pirâmides, entre os pitagóricos a "proporção de ouro", bem como as escalas musicais propostas pelos mesmos. Salientando ainda as proporções e simetrias, cita-se Leonardo Da Vinci como um dos mestres renascentistas que usou a ciência e a arte como sinônimos quase perfeitos. Ainda hoje, almeja-se desvendar o que há por detrás das obras de arte, como nota-se pela complexidade da espectrometria de raio-x, utilizada para este fim. Enfatizando o senso de observação comum, há a necessidade de mostrar a todos um conceito de "beleza" científica implícita nas obras de grandes artistas, que, na maioria das vezes, passa despercebida aos olhos.

METODOLOGIA:
O presente trabalho foi baseado em uma extensa revisão bibliográfica, analisando crítica e cientificamente obras de arte, músicas, instrumentos musicais, artigos e livros. Produziu-se, ao longo do trabalho, textos, seminários e oficinas realizados na própria instituição, com o intuito de divulgar o conhecimento acerca do tema abordado. Todo esse material foi direcionado à comunidade acadêmica e externa.

RESULTADOS:
De acordo com a pesquisa realizada acerca do tema, para posterior redação do projeto, observaram-se questões importantes para o estudo da relação ciência-arte. Por exemplo, a "divina proporção", encontrada através de medidas realizadas por idealizadores do projeto em diversos artefatos do cotidiano, comprovando as espectativas do presente trabalho. Foi possível também usar as componentes do violino para discutir a importância da caixa de ressonância, dos modos normais de vibração dos tampos e do cavalete na resposta acústica do instrumento. Percebeu-se ainda que os sons dos instrumentos de percussão, como o tambor, dependem da vibração da película flexível em que se bate com baquetas ou com as mãos. Há também o órgão, em que o timbre da música muda de acordo com a largura ou altura dos tubos. Por sua vez, a técnica de difratometria de raio-x possibilita a caracterização das estruturas cristalinas, uma vez que cada estrutura possui um espectro de absorção característico, imperceptível a olho nu. Nos instrumentos eletro-eletrônicos, como na guitarra, por exemplo, podem ser encontrados conceitos relacionados ao eletromagnetismo através de pequenos circuitos eletrônicos, onde os sons podem ser distorcidos da maneira desejada pelo músico.

CONCLUSÕES:
Perante os resultados alcançados com o projeto, percebe-se que foi possível traçar diversos paralelos entre ciência e arte, tornando o trabalho eficiente e satisfatório. Espera-se que, paulatinamente, o referido tema venha a ser abordado em outras discussões, não somente no meio acadêmico, mas também englobando a comunidade externa interessada. Além disso, a atividade foi inovadora pela sua natureza transdisciplinar e plural do conhecimento.



Palavras-chave:  Ciência, Música, Arte

E-mail para contato: taianabonadio@gmail.com